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"A estimulação artística pode contribuir para desenvolver capacidades nas pessoas com várias tipos de deficiência, de acordo com estudos multidisciplinares a apresentar hoje e terça-feira no 1º Congresso Internacional sobre Arte, Cérebro e Linguagens.
“Esta conferência é uma confluência de várias áreas científicas, como a neuropsicologia, arte-terapia, ciências musicais e a linguística, a trabalhar para os mesmos fins no campo da reabilitação e da educação”, referiu a investigadora responsável do grupo de investigação do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa.
Os investigadores que se dedicam a descobrir e interpretar o cérebro, com o advento de uma nova disciplina designada neuroestética, têm encontrado ligações entre a arte e as neurociências.
“Tradicionalmente considera-se que o hemisfério esquerdo é o responsável pela linguagem visual; no entanto sabe-se que há pessoas onde a linguagem estética é administrada pelo hemisfério direito. O que nós queremos mostrar é que a estimulação e o desenvolvimento da linguagem estética podem ajudar ou contribuir para haver um desenvolvimento ou reabilitação das patologias da linguagem”, explicou Ana Monção.
A arte aparece assim como “um processo e um produto da integração psicomotora, que é encarada como um pilar essencial da aprendizagem não verbal da criança e da sua especialização hemisférica"(Vítor da Fonseca).
A arte-terapia, encarada como uma forma de estimulação multisensorial é assim vista como um instrumento de desenvolvimento de capacidades que facilitam a reabilitação e a educação.
A conferência decorre na Fundaão Calouste Gulbenkian, sendo apresentados resultados de investigações que tiveram inicio há cinco anos."
Fonte: Público
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