sexta-feira, 6 de junho de 2008

Épico - Apocalíptico - Muse


(Stockolm Syndrome)

Após um êxtase extremo, o concerto dos Muse acaba. É difícil imaginar um espectáculo que seria melhor conseguido visualmente. Mas isto não é o mais importante...o mais importante é de facto a grandeza dos 3 de Teignmouth (Inglaterra) sonoramente. Primeiro, há algo de chocante em Bellamy, parece até inumano. O rapaz é uma força da Natureza, não o digo só pelos excelentes solos e efeitos de guitarra (é considerado um dos maiores guitarristas do século XXI, em 2ª posição), pelo piano de excelência que toca suavemente (arrepiantemente), mas pela sua voz. Aquela voz existe? Sim, é a de Matthew, ela ecoou durante todo o concerto por todo o recinto, pelos ouvidos dos fãs, fazendo-os chorar, gritar e unindo o público num só. Tudo teve início, à semelhança do espectáculo em Wembley (como confirma o CD-DVD ao vivo H.A.A.R..P.), com Knights of Cydonia (que encerra o último álbum), instalando a apoteose na audiência. Bem, para mim o concerto teve dois pontos altos: Feeling Good, de Origin of Symmetry, em que Matthew começou pelo piano, pegando inclusivamente num megafone para reproduzir uma das partes da letra, passou drasticamente para a guitarra, acompanhado sempre de perto pelo baixo sonante de Christopher Wolstenholme e pela incansável e espectacular bateria de Dominic Howard. O apogeu foi atingido aqui, a criatividade impressionou todos na "arena", provando os Muse a sua afirmação como uma das mais imperdíveis bandas de todos os tempos ao vivo. O outro foi Take A Bow, introdução do último álbum Black Holes and Revelations, onde o fabuloso trio foi ajudado pelo senhor dos sintetizadores. Aqui, após um momento onírico de Matthew Bellamy em vocalização arrepiante, este explode na guitarra e tudo termina com geisers e luzes brancas, saudando a multidão com um "Obrigado Portugal". Howard solta um tímido "Cheers".
Conseguimos ouvir grandes temas serem reproduzidos como New Born, Time Is Running Out, Supermassive Blackhole, Hysteria, Map of the Problematique, Starlight ou Stockholm Syndrome. Os guinchos da guitarra que precederam Plug In Baby ou o uníssono do público em Starlight foram outros momentos dignos de recordação. Chris acompanhou muitas das letras em voz secundária, enquanto que Howard proporcionou alguns dos melhores breaks instrumentais de sempre ouvidos por estas bandas. O concerto, cheio de jogos visuais, balões/bolas insufláveis que foram enviadas para o público e imagens esteticamente perfeitas no ecrã central, onde a adequação à música simultânea era simplesmente WOW. Os fumos e a luminosidade limpa e que dá aos Muse todo aquele toque moderno que separa a sua dimensão artística clássica (rock de gema), conseguiram sucesso. As emoções dos assistentes voaram, foram alto hoje. como era esperado..um EXCELENTE show. Ficará nas memórias de todos.

Peço desculpa aos fãs, mas fiquei tão "sem palavras", que nem sei o que escrever.

ALINHAMENTO
Knights of Cydonia
Hysteria
Map of the Problematique
Supermassive Black Hole
Newborn
Feeling Good
Starlight
Time Is Running Out
Plug In Baby
Stockholm Syndrome
Take A Bow

4 comentários:

Anónimo disse...

Arrepiei-me ao ler isto e fiquei com os olhos cheios de lágrimas. Foi o concerto da minha vida, mas disso tu já sabes. Ainda não sei bem o que dizer, o que penso que seja normal para quem está a "ressacar" de um espectáculo como os Muse deram. Faltaram algumas coisas, como
é certo: mais comunicação com o público (mas que penso que é sempre recompensada com toda a energia do Matt), uma Butterflies And Hurricanes, por exemplo e mais algumas coisas que os Muse habituaram o púnblico. Mas o concerto foi uma bomba, foi o espectáculo mais bonito a que alguma vez já assisti. Arrepiante. Muse.

Nessuno disse...

Bem, não culpemos os rapazes. Se calhar estavas lá não te apercebeste bem...mas aconteceu uma coisa horrível, aquilo atrasou tudo e por causa dos concertos seguintes o que aconteceu foi que só tiveram direito a 60 mins de espectáculo, reduzindo-se a setlist =|. mas sim, a interacçao com o publico faltou mm, acho q esse foi mm o ponto fulcral da falha. mas foi o concerto do ano, apesar de um dos mais curtos.

Sei que nada antes te teria feito ficar assim, sei como reages à música deles

Nessuno disse...

Bem, outra coisa, até eu fiquei de ressaca e estava em casa, as palavras não me saiam para escrever o post.., mesmo assim ainda o escrevi antes de qualquer publicação on-line! =D

Joana disse...

Para mim foi uma desilusão o facto de terem estado tão pouco em palco! Mas foi absolutamente GENIAL. Pena também terem interagido pouco, estava à espera de mais, se bem que já estava meio morta no meio daquela gente toda e sem água no corpo, por isso não sou a melhor pessoa para opinar. De qualquer maneira, foi tão lindo...(suspiros, suspiros, suspiros)