Passavam poucos minutos das 22h quando Tom Barman, Klaas Janzoons, Stéphane Misseghers, Alan Gevaert e Mauro Pawlowski entraram no palco das esgotada Aula Magna. Irrompendo com um "Get Up!!" bem humorado pelo belga, a banda começa a tocar a introdução do recente álbum Vantage Point "When She Comes Down". A acompanhar o reportório mais recente tivemos "The Architect", "Slow", "Favourite Game", "Smokers Reflect" (na qual Tom se sentou e acendeu um cigarro para fazer juz à canção) e ainda a explosiva "Your God" no encore. Seguiu-se a original "Instant Street" de The Ideal Crash, música que coemça acústica e sofre uma mítica viragem para camadas de guitarra eléctrica em crescendo durante vários minutos. Puderam ainda ouvir-se clássicos mais antigos de toda uma geração, como "Suds & Soda", "Fell Of the Floor, Man", "Little Arithmetics", "Theme for Turnpike" e as melancólicas "Serpentine" e "For the Roses", de "In a Bar, Under the Sea". Para mim o momento mais alto da noite foi sem dúvida a dupla "Nothing Really Ends" e "Bad Timing". A primeira foi-nos apresentada com nova cara, mais eléctrica e progressiva, acabando por culminar na emocionante "Bad Timing" (aquando de uma passagem de feedback), introdução do álbum Pocket Revolution, que teve ainda alistada "If You Don't Get What You Want". A conclusão, tal como a introdução, foi inesperada "Morticiachair", o clássico que moveu montanhas nos anos 90 no público underground. Barman apresentou toda a banda durante o concerto e cumprimentou várias vezes o público português, onde a cada ano que passa a banda belga cria um culto maior e maior, fruto não só da boa música, mas do bom espírito que rodeia todo o projecto. As luzes eram as características desta tour: dois painéis dourados, holofotes brancos e jogos de sombras, intermitências, claridade na calmia, escuridão e turbilhão na agitação eléctrica e febril. Houve ainda momentos mais melancólicos odne se pôde sentir a presença de luzes vermelhas, azuis e verdes. Perfeito, a imagem assentava que nem uma luva na música
Uma noite mágica para a maior parte. Um reviver de clássicos, mas com poder das adições recentes, frescas e melhores que nunca. dEUS existe, e não é para todos.
(Nota: Hoje por volta das 18:30, irão fazer um showcase acústico com entrada gratuita na Fnac Chiado)
Slow
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