O filme-documentário da banda islandesa Sigur Rós, lançado no Outono de 2007, foi eleito o melhor de todos os tempos, num ranking em que não só a música toma parte, mas todo o tipo de cinema documental. A notícia é avançada no site da banda e tem como fonte o IMDb (Internet Movie Database), o mais conceituado website da sétima arte. Como referido neste blog anteriormente, o registo conta não só com entrevistas exclusivas aos membros do grupo, acompanhantes e produtores, mas também com concertos da tour na Islândia 2006/2007 que os Sigur Rós fizeram de forma gratuita, tudo acompanahdo obviamente de paisagens únicas e um artwork extremo. Heima vai para além do registo factual e dos concertos, atinge o espectador de uma forma apaixonante e cativante, por forma a que ele desejasse ter estado naquela paisagem longínqua e irreal. O conceito é bem directo: Heima, que significa "Em Casa", uma forma de dizerem que a sua casa sempre será o país e que sendo originários dali, se sentem no direito de fazer música para aqueles que desde cedo os viram crescer enquanto pessoas e enquanto artistas. A meio de tanta viagem pelo mundo, apeteceu fazer um filme que ilustrasse a falta nostálgica que o lar faz e como é diferente tocar aí.
"Street Art at Tate Modern" é uma iniciativa da galeria londrina que drurará até dia 25 de Agosto. Tem como objectivo criar a primeira exposição de "graffiti" nas paredes de um grande museu. A faixa monocolor em tijolos do edifício está agora cheia de graffitis (ver foto).
Destacam-se "Blu", italiano fascinado pelo corpo humano, o colectico novaiorquino "Faile", que elegeu o hip-hop como tema, o fotógrafo parisiente "JR", que optou por um universo a preto e branco, os brasileiros "Nunca", que usam cores quentes e objectos representativos da sua cultura (café p.e.), o colectivo do mesmo país chamado "Gémeos", muito influenciado pelos artistas indianos e os espanhóis "Sixeart", com um estilo abstraccionista psicadélico.
Do outro lado da ponte Millenium, o mesmo universo colorido e irreverente estende-se pelas ruas.
Ricardo Araújo Pereira, o famoso humorista de Gato Fedorento, está a solo no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, com a versão teatral das conferências proferidas em Harvard, em 1955, pelo filósofo John Austin. O espectáculo chama-se "Como Fazer Coisas com Palavras" e estreou ontem, mantendo-se em cena até 5 de Julho. John Austin foi professor em Oxford e filósofo da linguagem. Pretendia chegar ao sentido das palavras através do estudo da forma do seu uso no quotidiano. As palavras, muitas vezes, fazem coisas, são actos. Neste sentido, RAP interpreta as conferências filosóficas com exemplos do quotidiano, dados também por Austin, como prova das suas teorias. Nos cartazes do espectáculo, pode ler-se "A sério", facto que sem dúvida alguma se verifica.
Aqui está um excelente vídeo da performance ontem no Náttúra. As islandesas Björk e Ólöf Arnalds juntam-se à banda de Jónsi no seu novo single Gobbledigook:
Lykke Ki é uma jovem sueca de 22 anos. Agora na Europa o álbum de estreia, Youth Novels, editado na Suécia em Fevereiro, tem como single I’m Good I’m Gone:
Os islandeses anunciam que o canal Nat Geo Music, da National Geographic Entertainment, vai fazer um webcast do concerto inteiro ao ar livre Náttúra, em directo da Islândia amanhã, Sábado 28 de Junho, que terá início ás 20:00h. Para mais informação, consultar Nat Geo Music.
Caso perca o webcast em directo, ele ficará disponível no site em stream a partir da próxima semana.
Dia 17 de Julho chega às salas portuguesas o documentário Joy Division, de Grant Gee, realizador de Meeting People Is Easy, sobre os Radiohea). Foi feito em 2006 e estreou no Reino Unido a 2 de Maio de 2008.
Foi em 1991, a banda de Chicago editava o seu álbum de estreia, Gish. Marcado como o seu registo mais próximo de grunge, não foi entusiasticamente acolhido pela crítica, pelo que ficou como sendo o seu álbum menos conehcido. Agora, passados 17 anos, Billy e companhia decidem fazer uma reedição especial no final do ano, facto que servirá também para celebrar o 20º aniversário dos Smashing Pumpkins. Como não poderia deixar de ser, realizarão uma digressão centrada em Gish...
Dia 16 de Outubro é inaugurada no Museu Luxemburgo, em Paris, uma exposição intitulada "De Miró a Warhol - A Colecção Berardo em Paris", que será exibida até dia 22 de Fevereiro de 2009. Irá reunir mais de 70 obras de Max Ernst, Vieira da Silva, Amadeo de Souza-Cardoso, René Magritte, Piet Mondrian, Roy Lichtenstein, Pablo Picasso, entre outros.
Palco Optimus: Rage Against the Machine - 00H40 The Hives - 23H10 Gogol Bordello - 21H40 The National - 20H20 Spiritualized - 19H10 Galactic - 18H00 Kalashnikov - 17H00
Metro On Stage: Boys Noize (DJ set) - 02H20 Tiga (DJ set) - 00H50 Hercules & Love Affair - 23H50 Peaches (DJ set) - 22H20 Cansei de Ser Sexy - 21H10 MGMT - 20H00 Vampire Weekend - 18H50 Sons Of Albion - 17H50 Banda Soundtribes - 17H00
DIA 11
Palco Optimus: Buraka Som Sistema - 01H00 Within Temptation - 23H40 Bob Dylan - 21H40 John Butler Trio - 19H40 Nouvelle Vague - 18H00 Kumpania Algazarra - 17H00
Metro On Stage: Sebastian - 02H30 DJ Mehdi - 01H00 Busy P - 23H30 Uffie - 23H00 DJ Feadz - 22H00 Krazy Baldhead - 21H00 MR Flash - 20H00 Vicarious Bliss - 18H00 Banda Cornetto Auditions - 17H00
DIA 12
Palco Optimus: Ben Harper & The Innocent Criminals - 00H10 Neil Young - 21H40 Donavon Frankenreiter - 19H50 Xavier Rudd - 18H10 Bradiggan (Of Dispatch) - 17H00
Metro On Stage: MSTRKRFT (DJ set) - 02H00 Brodinski (DJ set) - 00H00 Gossip - 22H40 Róisín Murphy - 21H00 Midnight Juggernauts - 19H20 The Juan Maclean - 17H50 Sizo - 17H00
A data é 11 de Novembro 2008, o local é no Campo Pequeno, em Lisboa, a famosa praça de touros. Os 4 rapazes islandeses mais talentosos de todos os tempos vêm de uma tour mundial para apresentar með suð í eyrum við spilum endalaust (o novo album que sairá amanhã) e fazer a sua magia em território português. Espera-se um grandioso espectáculo.
(Nota: a foto foi retirada de um clip Do YouTube, onde a banda está a fazer a tocar Festival, faixa do novo álbum, no festival de Bonnaroo nos E.U.A.)
Na compra do passe três dias para o Optimus Alive!08, os espectadores podem acampar no Parque de Campismo de Monsanto (Lisboa Camping - 4 estrelas) por 15€, de 10 a 13 de Julho.
Os bilhetes para o campismo estão disponíveis nos locais de venda dos passes para o evento (quem já comprou o passe pode comprar o bilhete do campismo mediante apresentação do passe de três dias). Haverão inclusivamente autocarros gratuitos para os portadores de passe de três dias + bilhete para o parque de campismo, entre as quatro da tarde e as cinco da manhã de cada dia de festival.
O Optimus Alive!08 irá apresentar uma exposição única, onde o espólio do artista plástico e cartoonista Sam (Samuel Azavey Torres de Carvalho) será apresentada ao público na sua totalidade, pela primeira vez. O senhor é engenheiro de formação, mas cartoonista de alma e coração, sendo para José Augusto-França responsável por introduzir “uma dimensão nova na arte portuguesa: o humor”.
O Guarda-Ricardo, provavelmente a mais marcante das personagens de Sam, acompanhou durante mais de uma década os leitores do Diário de Notícias e do Público. Mas nem só de cartoons se fez a obra artista, os particulares funis, as singulares cadeiras, as inquietantes torneiras e o majestoso “Chá da Vovó”, são outras das obras de Sam que marcaram o panorama cultural português.
Os islandeses Björk e Sigur Rós anunciaram hoje os detalhes de um concerto conjunto no Náttúra, que vai ter lugar dia 28 de Junho, na Islândia, num cenário dramático no parque Laugardur, com vista para a capital Reykjavik. O espectáculo ao ar livre, que decorrerá das 17-22h, será gratuito e visa chamar a atenção para a destruição da paisagem natural do país, nomeadamente da floresta islandesa, uma das maiores riquezas naturais da Europa que tem vindo a ser ameaçada pela poluição com alumínio.
"Muitas vezes as batalhas que são travadas em prol da natureza dão azo a coisas negativas e calúnias. Nós não queremos ir por esse caminho, não estamos a dizer que isto ou aquilo deve ser proibido, estamos antes a perguntar 'o que acham destas alternativas?'. O século XXI não pode ser mais um século do petróleo, mas um século em que precisamos de reciclar, de pensar verde e pensar em estações energéticas e em tudo o que nos rodeia em harmonia com a natureza", afirmou Bjõrk.
"Seven Nation Army", a faixa que tornou The White Stripes uma das bandas mais famosas de todos os tempos, foi eleita a faixa do Euro2008. A verdade é que não apresenta qualquer relação com o futebol, mas como em 2006 era já entoada pelos estádios pela selecção italiana, é agora cantada por várias nações antes dos jogos. Bem, pelo menos escolheram uma coisa de jeito, apesar de já prever o que se afigura: ninguém dará importância à banda e à sua originalidade (provavelmente confundirão até a musíca com a sua versão remix), mas pelo menos para algumas pessoas, este pode ser o passinho que faltava para as voltar mais para os blues e o rock puro.
Chega hoje às salas portuguesas o filme mais recente de Daniele Luchetti, realizador de cinema italiano conhe ido por obras independentes, principalmente na década de 90: Accio e Manrico são irmãos, mas defendem ideais distintos. Accio é um fascista conflituoso e Manrico um comunista carismático. Os dois estão em constante confronto nos anos 60 e 70, época de grande agitação social e cultural. A sua relação é posta ainda mais à prova quando se apaixonam ambos por Francesca.
A primeira edição de O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei, primeiro álbum do projecto a solo de Manel Cruz - Foge Foge Bandido - já está esgotada. A loja CDGO, onde era possível comprar o livro-disco do projecto, vendeu 700 dos 1100 exemplares já vendidos e que estavam disponibilizados. Os restantes foram apenas comercializados pelo site do artista e pela Livraria Bulhosa.
Em Julho será disponibilizada uma nova edição «algo diferente da primeira» mas contendo os mesmos dois CDs e livro de ilustrações (com 140 páginas).
Alinhamento: 'Life In Technicolor' 'Violet Hill' 'Clocks' 'In My Place' 'Viva La Vida' 'Chinese Sleep Chant' 'God Put A Smile Upon Your Face' '42' 'Square One' 'Trouble' 'Lost!' 'Strawberry Swing' 'Yellow' 'If I Should Fall From Grace With God' 'Fix You' 'Lovers In Japan'
Hoje, a Antena 3 emitirá um concerto dos Coldplay em directo às 20:00h. Este evento será o primeiro da Viva La Vida Tour e será o modo da rádio em Londres dar a conhecer ao mundo a nova faceta da banda britânica a partir da Brixton Academy.
Recordem-se que apenas em 3 dias o novo álbum já vendeu mais de 300 mil exemplares no Reino Unido e foi catapultado para número 1 no top.
E a 19 de Junho, chega o novo filme de Guillermo Del Toro, "El Orfanato". Parece bastante promissor e a tagline é "Um Conto de Amor. Uma História de Terror". Será que finalmente poderemos ver um filme de terror com qualidade?
Tal como o nome indica, esta exposição vem do MOMA e estará em Serralves até dia 22 de Junho (Domingo). O Minimalismo é extensamente explorado, assim com oa sua influência em obras póstumas. Marcam presença obras de Donald Judd, Sol Lewitt, Carl Andre, Richard Serra e Mark Lombardi, entre outros. A exposição é extendida a um conjunto de artistas portugueses influenciados de forma directa ou não pelo Minimalismo (Helena Almeida, Rui Sanches, Fernando Calhau ou Rosa Almeida).
A Revista semanal Les Inrockuptibles edita com início neste mês uma nova publicação mensal dedicada exclusivamente à música, que dá pelo nome de Volume. Custa 4,95€ e o primeiro número, de 108 páginas, traz Thom Yorke na capa. A causa da edição é, segundo os fundadores, o facto de a edição semanal já não conseguir dar suficientemente "conta da efervescência que a música conhece actualmente".
A capa é bastante apelativa, para além de Thom, traz reportagens sobre Scarllet Johansson e My Bloody Valentine.
O ano passado em Maio abandonou a carreira de actor. Este ano, precisamente no mesmo mês, abandonou a carreira de realizador. Paul Newman, um dos marcos dos últimos 50 anos da história do cinema de Hollywood (Gata em Telhado de Zinco Quente, Dois Homens e Um Destino, A Cor do Dinheiro, Caminho para a Pedição, O Efeito dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas) sofre de cancro do pulmão com 83 anos.
Esbjörn Svensson, famoso pianista sueco, faleceu ontem com 44 anos num acidente durante a prática do mergulho, ao largo da ilha de Ingarö. Em 1993, formou o Esbjörn Svensson Trio (e.s.t.), grupo de New Jazz com Dan Berglund (baixo) e Magnus Öström (bateria).
O primeiro chega a 8 de Setembro e será um EP com o título Batcat EP, que terá como alinhamento: 1. Batcat 2. Stupid Prick Gets Chased By The Police And Loses His Slut Girlfriend 3. Devil Rides (que conta com a colaboração de Rocky Erickson na voz, líder dos 13th Floor Elevators, banda mítica do rock psicadélico da década de 60) O segundo será o novo álbum, sucessor de Mr. Beast(2006), que será intitulado The Hawk Is Howling e editado a 22 de Setembro, duas semanas depois do EP, com o seguinte alinhamento: 1. I'm Jim Morrison, I'm dead 2. Batcat 3. Danphe and The Brain 4. Local Authority 5. The Sun Smells Too Loud 6. Kings Meadow 7. I Love you, I'm Going To Blow Up Your School 8. Scotland’s Shame 9. Thank You Space Expert 10. The Precipice
Sugestivo? Parece bastante. Pelo menos o nome da primeira faixa deixa-nos logo KO. Barry Burns, multifunções da banda escocesa (teclados, guitarra, flauta e voz) descreve o álbum como “dreamy ballads about forbidden love gone awry, one minute pointless instrumentals and [...] spoken word about the future of the music industry in India”.
Por muito estranho que pareça, o livro "Brokeback Mountain", de Annie Prouxl, vai ser adaptado a ópera pelo compositor norte-americano Charles Wuorinen. O filme homónimo, que ganhou 3 Óscares em 2005, inclusivamente o de Melhor Filme, é também um transpor por Ang Lee da novela da escritora. A história é resumidamente a paixão de dois cowboys (interpretados por Jake Gyllenhaal e pelo falecido Heath Ledger) na solidão da montanha chamada Brokeback.
Como ficará em ópera? Ainda há muito tempo de espera...
É o segundo single extraído de The Age of Understanment, o álbum dos Last Shadow Puppets. O vídeo é muito bom e faz-nos remontar à iconografia própria dos anos 60. A parcederia de Miles Kane (The Rascals) e Alex Turner (Artic Monkeys) parece mesmo estar a dar grandes frutos...um caso que ficará concerteza como marca no novo indie britânico.
Dez anos depois da Expo98 em Lisboa, tem início a Expo Zaragoza 2008, que tal como o nome indica, decorrerá em Saragoça (Espanha), até 14 de Setembro. Nestes 93 dias dedicados ao tema "A Água e o Desenvolvimento Sustentável", que aparenta relação directa com a exposição portuguesa, cada um será dedicado a uma nação. Dia 11 de Julho corresponderá a Portugal. O recinto foi construído na margem esquerda do rio Ebro, o maior do país e prima pelo futurismo e sofisticação.
Resta-nos dizer: ¡Vive la mayor fiesta del agua en la tierra!
Para não faltar à promessa, a banda de Robert Smith apresenta-nos o segundo single do novo álbum: "Freakshow", cujo download pode ser feito no iTunes e o refrão ouvido no site oficial. A letra da música, em conjunto com a letra do B-Side que a acompanha "All Kinds of Stuff", pode ser vista também no site.
Apesar de existirem desde os finais dos anos 70, os The Cure continuam mais criativos que nunca!
David Ferreira, o apelidado há algum tempo Dom Quixote do combate aos downloads e até há poucos meses, director da EMI portuguesa, vai criar a sua própria editora de CD/discos, livros e DVDs.
Pete Doherty afirmou que não quer nada do que já compôs para o registo a solo, desejando começá-lo em Portugal e Paris de raíz. Em declarações ao NME, o músico disse que a estadia na prisão fez com que mudasse os planos: «Repensei tudo o que quero fazer com o álbum a solo. Não me é permitido sair do país, situação que ainda vai demorar um pouco, mas quero ir para Portugal e Paris e gravar o álbum a solo». A EMI exigiu que o álbum fosse entregue até Setembro, sendo o produtor Jake Fior (que também o foi do 1º álbum dos The Libertines)
Para os imensos fãs que não conseguem já conter a ansiedade por ouvir o novo registo dos islandeses, Með suð í eyrum við spilum endalaust, que sairá, que sairá em formato digital dia 16 e em fisico dia 23 Junho, a banda colocou no seu site oficial um stream com todas as faixas. Atractiva visualmente, a janela apresenta o nome de cada música manuscrito e rabiscado, acompanhada da imagem dos nús que caracterizam a capa.
Já ouvi o álbum seguido várias vezes, só chego a uma conclusão sentimentos: é lindíssimo. Mangnífico, conseguiram surpreender mais uma vez...indiscritível. Tudo tem inícico na já conehcida Gobbledigook, tomando o princípio do CD esse rumo, algo livre e alegre, superior às auras negativas. Subitamente, mas de forma suave, algo muda, a esperança alegre troca-se de novo pela melancólica e tudo se converte em emoção, emoção composta por diversos sentimentos. O piano e a bateria primitiva são componentes essenciais, há muita guitarra acústica. Acredito que este seja o álbum mais heterogéneo dos Sigur Rós, colocando-se a um nível tão respeitável como "( )" ou "Takk...". No meu sentimento ficou gravada a track "Festival", a 5ª do álbum. Todas as outras são óptimas digo, óptimas!
Fiquei mesmo orgulhoso. São sem dúvida (uma das) melhor(es) banda(s) do mundo(?) A criatividade, simplicidade, magnificiência, mas humildade, são a chave para o sucesso destes tímidos ams emotivos rapazes. Epopeico, Arrepiante, Belo, Sigur Rós
Thom Yorke e Jonny Greenwood, dos Radiohead, sentados num sofá com duas guitarras acústicas, fazem a cover da música "The Rip", do novo álbum dos Portishead, Third. Estes ficaram muito contentes com o resultado da versão dos 2 rapazes.
Fabuloso...
(Nota: A banda tinha já elogiado publicamente Third, disponibilizando agora a sua versão on-line)
A actriz Kim Catrall, de 52 anos, eterna Samantha de Sexo e a Cidade vai encarnar a personagem principal do remake americano da série britânica (que é actualmente exibida na RTP2 - Noites da 2), que será supostamente uma mãe de mãe idade casada que redescobre a sua sexualidade, questionando-se sobre o seu papel no mundo. Depois do arraso do filme pela crítica, esta será uma mais valia para Kim.
No Museu Colecção Berardo vão estar expostas até 27 de Julho, obras de fotógrafos e artistas que incidem sobre um ponto comum: a arquitectura dos anos 50 e 60. Nessas duas décadas, vários arquitectos, espalhados pelos quatro cantos do globo, projectaram edifícios construídos para um mundo “utópico” e visionário.
O 15º Prémio Leica European Publishers for Photography (para fotografia contemporânea) foi atribuído ao dinamarquês de 32 anos residente em Tóquio. Entre 400 projectos de 30 países, Sobol vence com o seu projecto e verá um livro seu editado nos 7 países que promovem o concurso.
Para descarregar regulamento + ficha de inscrição, visitar fnac.pt
Após um êxtase extremo, o concerto dos Muse acaba. É difícil imaginar um espectáculo que seria melhor conseguido visualmente. Mas isto não é o mais importante...o mais importante é de facto a grandeza dos 3 de Teignmouth (Inglaterra) sonoramente. Primeiro, há algo de chocante em Bellamy, parece até inumano. O rapaz é uma força da Natureza, não o digo só pelos excelentes solos e efeitos de guitarra (é considerado um dos maiores guitarristas do século XXI, em 2ª posição), pelo piano de excelência que toca suavemente (arrepiantemente), mas pela sua voz. Aquela voz existe? Sim, é a de Matthew, ela ecoou durante todo o concerto por todo o recinto, pelos ouvidos dos fãs, fazendo-os chorar, gritar e unindo o público num só. Tudo teve início, à semelhança do espectáculo em Wembley (como confirma o CD-DVD ao vivo H.A.A.R..P.), com Knights of Cydonia (que encerra o último álbum), instalando a apoteose na audiência. Bem, para mim o concerto teve dois pontos altos: Feeling Good, de Origin of Symmetry, em que Matthew começou pelo piano, pegando inclusivamente num megafone para reproduzir uma das partes da letra, passou drasticamente para a guitarra, acompanhado sempre de perto pelo baixo sonante de Christopher Wolstenholme e pela incansável e espectacular bateria de Dominic Howard. O apogeu foi atingido aqui, a criatividade impressionou todos na "arena", provando os Muse a sua afirmação como uma das mais imperdíveis bandas de todos os tempos ao vivo. O outro foi Take A Bow, introdução do último álbum Black Holes and Revelations, onde o fabuloso trio foi ajudado pelo senhor dos sintetizadores. Aqui, após um momento onírico de Matthew Bellamy em vocalização arrepiante, este explode na guitarra e tudo termina com geisers e luzes brancas, saudando a multidão com um "Obrigado Portugal". Howard solta um tímido "Cheers". Conseguimos ouvir grandes temas serem reproduzidos como New Born, Time Is Running Out, Supermassive Blackhole, Hysteria, Map of the Problematique, Starlight ou Stockholm Syndrome. Os guinchos da guitarra que precederam Plug In Baby ou o uníssono do público em Starlight foram outros momentos dignos de recordação. Chris acompanhou muitas das letras em voz secundária, enquanto que Howard proporcionou alguns dos melhores breaks instrumentais de sempre ouvidos por estas bandas. O concerto, cheio de jogos visuais, balões/bolas insufláveis que foram enviadas para o público e imagens esteticamente perfeitas no ecrã central, onde a adequação à música simultânea era simplesmente WOW. Os fumos e a luminosidade limpa e que dá aos Muse todo aquele toque moderno que separa a sua dimensão artística clássica (rock de gema), conseguiram sucesso. As emoções dos assistentes voaram, foram alto hoje. como era esperado..um EXCELENTE show. Ficará nas memórias de todos.
Peço desculpa aos fãs, mas fiquei tão "sem palavras", que nem sei o que escrever.
ALINHAMENTO Knights of Cydonia Hysteria Map of the Problematique Supermassive Black Hole Newborn Feeling Good Starlight Time Is Running Out Plug In Baby Stockholm Syndrome Take A Bow
(Foto obtida por Espanta Espíritos/Rita Carmo em Blitz)
Os Kaiser Chiefs voltam a Portugal para arrasar definitivamente a audiência do Rock in Rio. Não houve até agora banda que tenha movido tanta energia (na minha opinião, nem mesmo os Metallica, que foram responsáveis por ter feito levantar mesmo muitos pés do chão) como estes britânicos incansáveis. Tudo começou com Everything is Average Nowadays, do último álbum Yours Truly Angry Mob. Começaram alegremente e com promessas de um grande concerto. Rick Wilson começava a sua correria frenética pelo longuíssimo palco com o letreiro luminoso KAISER CHIEFS no ecrã cenral. Apesar disto, não se cansou de lembrar o público de "LISBON - PORTUGAL" que "WE'RE THE KAISER CHIEFS!!", obtendo gritos desmedidos e contentes do público. De ténis all star azuis, calças, camisa e gravata pretas e no início de óculos de sol, o rapaz inglês correu, pulou, saltou, empinou-se em acessórios do palco saltando deles, tocou pandeireita, bateu com baquetas em objectos, enfrentou a multidão quase imergindo nela, subiu aos postes onde se situavam as câmaras de televisão, até se deitar no chão durante cerca de um minuto e meio, antes do hino final Oh My God, mega-sucesso do primeiro álbum Employment. Nesta faixa, Ricky chegou à frente da multidão carregando o suporte do microfone e virou-o para ela, para que acompanhasse o refrão tão nosso conhecido "Oh my god I can't believe it, i've never been this far away from home". Como opinião pessoal, digo que este foi o grande momento do concerto, tendo inclusivamente curtos momentos instrumentais onde Nick Peanut Baines com chapéu de côco (teclado/sintetizador) e Nick Hodgson (bateria), que sempre acompanhava em backing vocal puderam mostrar as suas garras. Andrew Whitey White na guitarra e Simon Rix no baixo foram os grandes suportes durante todo o espectáculo. A banda foi toda apresentada pelo vocalista, em momentos separados. Músicas como Everyday I Love You Less and Less, Modern Way, Heat Dies Down, The Angry Mob, Ruby, I Predict a Riot, Na Na Na Na Naa ou Born To Be a Dancer marcaram o dia e levaram os portugueses a considerar esta banda de culto. Os rapazes de Leeds ainda nos premiaram com uma nova canções: You Want History.
Bem, pelo menos agora já sabemos porque o irrequieto Mr Wilson partiu o pé em Paredes de Coura...
(Foto obtida por Espanta Espíritos/Rita Carmo em Blitz)
ALINHAMENTO Everything Is Average Nowadays Everyday I Love You Less and Less Heat Dies Down Born To Be A Dancer Ruby You Want History Na Na Na Na Naa Modern Way Thank You Very Much I Predict A Riot The Angry Mob Take My Temperature Oh My God
A série de culto norte-americana faz exactamente hoje 10 anos, comemorados com a estreia do filme homónimo que tem vindo a desiludir uns e a apaixonar outros (?). Eu já o vi...posso dizer que levei com uma grande dose de futilidade em cima. Gostei de rever o humor da série, mas a adaptação a filme é concerteza uma má ideia...
Uma interessante notícia acaba de chegar sobre o festival minhoto: no dia 3 de Agosto, uma banda de tributo aos Joy Division, liderada por Rodrigo Leão, vai subir ao palco principal do festival Paredes de Coura, incluindo nela Pedro Oliveira (Sétima Legião), Bernardo Devlin, Nuno Gonçalves (The Gift) e João Eleutério (Cindycat).
Penso que o resultado será interessante, numa imaginei Leão como líder de um tributo à banda de Macclesfield. Recordaremos velhas memórias e sonhos.
Pete Doherty deixou ontem à noite à espera 3 horas, acabando por não aparecer para aquele que se esperava ser um grande concerto a solo no Le Grand Rex, em Paris. O que os espectacdores viram fo iapenas o artista de abertura francês Daniel Darc.
Quanto aos rumores: - Hospitalização - Ficou preso numa estação de comboios devido a um atraso da companhia Eurostar, tendo chegado às 23h
Adore, o quarto álbum de estúdio dos Smashing Pumpkins faz hoje precisamente 10 anos. Posso dizer inclusivamente que é o meu álbum favorito, não só da banda, mas de sempre. Compreendo que para a maior parte das pessoas seja um exagero atribuir-lhe a categoria, mas a verdade é que falo por mim, já que o considero extremamente intimista. Quando foi lançado, foi derrubado pela crítica e pelos fãs, já que foi um gelado quebrar da sonoridade grunge e rock que tanto caracterizava a banda de Billy Corgan, James Iha, D'Arcy e Jimmy Chamberlin. O álbum é composto por 16 faixas, das quais a última é muito curta e experimental, sendo as restantes hinos e adorações a pessoas queridas aos autores, ou até mesmo metáforas que aludem ao sentimento de amor, a relacionamentos, etc. Este álbum não contou com a participação de Jimmy, que foi convidado a sair para tratamento de reabilitação por consumo de drogas. A bateria primorosa foi então substituída por sintetizadores e baterias electrónicas. Aqui tem raíz o desgosto geral. Contudo, acho que quase todos ignoraram o sentimento profundo que o registo contém, a melancolia e a ligação da banda ao público que nunca houve anteriormente de forma tão acentuada. Chamam-lhe crú por vezes, delicodoce por outras, meloso algumas e frio e distante noutras. Eu não tenho quase palavras para o descrever, é algo tão extremo, tão humano, que tenho certa dificuldade em passá-lo para interpretação escrita. Cada faixa doi dentro de nós transformando-se na nossa própria dor, a tristeza e malancolia preenche o nosso ego, que por vezes fca também enraivecido. Adore apodera-se das nossas emoções como numa cabine de controlo, pro momentos flutuamos num mundo criado no lado afectivo dos músicos, escutando os seus sentimentos, os seus louvores e dedicatórias aos que amam. O conceito é esmagador: Adore - quem não gostaria de fazer um CD composto por adorações a várias representações que preenchem a sua vida e são vitais para o seu amor? Depois há que considerar...fariam nexo aqui as guitarras grunge e a bateria fervilhante? Obviamente não...o sentimento é intensificado pelo instrumental harmonioso, desconcertante, ternurento, gelado. O piano derrete o gelo criado por parte de certas letras mais emocionais, como por exemplo For Martha, dedicada à mãe de Billy que tinha morrido e Annie-Dog, alusão à droga. A voz de Billy muda um pouco no álbum, fica mais emocionada, mais dolorosa, atingindo o apogeu em certas tracks, pedindo mesericordiosamente uma vida melhor sentimentalmente, que tudo mude nos seus relacionamentos, repudiando até a ideia de compromisso quando doloroso (Daphne Descends, Ava Adore, Tear), nunca deixando de acreditar no amor verdadeiro (Perfect, To Sheila). A humilhação e a vergonha, assim como o arrependimento, são sentimentos que nunca largam Billy, expressando-os nitidamente em Shame, Crestfallen (a meu ver a melhor faixa do álbum) e Pug. O imaginário alusivo das histórias é exposto em Once Upon a Time e The Tale of Dusty and Pistol Pete. Shame é o momento mais desconcertante de todo o álbum...o baixo, as guitarras em aparente desafinação, a bateria marcante, a voz, tudo remete para este sentimento, faz-nos a nós próprios sentir envergonahdos como Billy lamenta. Behold!The Nightmare e Appels+Oranges são momentos musicais que traduzem a impotência perante factores externos, como o mundo em si, o pesadelo, a assombração pelos maus sentimentos, o condicional, a hipótese. Blank Page é a música que mais me tocou até hoje, talvez por causa da minha personalidade, representa uma página em branco como o título diz, onde pode estar inscrita uma nova esperança, uma alteração da ordem natural dos factos. Oiço-a sempre que preciso. Há outra coisa ainda: o artwork. Nenhum álbum da banda possui algo tão bem conseguido fotograficamente. O cinzento esvaído, o preto e branco com baixo contraste, que torna a alma exposta, como se de um borrão de memória se tratasse, combina belas paisagens onde o vento e a chuva dominam, simbolizando a meu ver todas as emoções arrastadas e sendo fio de ligação do CD à realidade física. A outra dimensão fotográfica é a das fotografias a preto e branco mas com alto contraste, estas que enfatizam cada elemento da banda e esta no seu conjunto, oferecendo destaque aos artistas. Muito bom.
2 de Junho de 1998, data de edição desta maravilha no mundo pouco consistente do lado afectivo. Haverá álbum que exprima o sentimento humano de forma tão intensa? Talvez, não nego, deve haver dezenas talvez. Este apenas surgiu numa altura perfeitamente indicada da minha vida, em que a dúvida existencial me assolava enquanto adolescente. Tdo aliado ao feito de 3 pessoas que deram o seu coração para a concretização, expuseram as suas consciências e concretizaram um sonho, quer do ponto de vista lírico, quer instrumental. Não me venham dizer que não soa a Smashing...mais do que qualquer um dos álbuns, este representa o seu espírito. Bem, adorar, pode ser feito por todos...