Pedro Calapez apresenta na Casa da Cerca (Almada) uma extensa investigação pictórica sobre o urbanismo, lugares, objectos e distorções das ideias tecnológicas. É um imenso gestualismo que nem todos conseguirão perceber numa exposição que em número e género de obras parece uma retrospectiva carregada, estilhaçada em outras exposições. Consiste basicamente em desenhos de múltiplos tamanhos (desde o pequeníssimo ao grande)arrumados em muitas salas, mas no total são 100 obras e delas fazem parte ainda esculturas, pinturas e vídeos datados entre 1999 e 2008. Enaltece assim, o desenho na obra e percurso deste artista, associando-se-lhe metamorfoses e evolução na perspectiva criativa. As linhas não são apenas traços, contam história. O mais inócuo dos deseenhos pode ter bastante que se lhe diga...
A exposição pode ser vista até 21 de Janeiro
domingo, 30 de novembro de 2008
Línguas cruzadas
"Que têm os escritores que nasceram ou cresceram num meio cultural e linguístico completamente diferente à língua que utilizam na sua escrita em comum? Neste encontro que dá pelo nome de “Línguas Cruzadas”, 3 escritores de língua alemã e 5 escritores de língua portuguesa irão debater esta questão e ler excertos das suas obras. Irá decorrer em Lisboa (sede Goethe- Institut e Universidade Católica) e no Porto (Biblioteca Municipal Almeida Garret) de dia 2 a 5 de Dezembro, sempre às 18:30h.
Os 3 escritores que chegam da Alemanha foram agraciados com o prémio literário Adelbert-von-Chamisso, atribuído pela Fundação Robert Bosch a escritores cuja língua mãe não é o alemão. Estes escritores são originários de meios culturais muito diferentes e chegaram ao país como imigrantes, refugiados, exilados ou estudantes universitários. Mas há um elo que os liga: a língua alemã, que adoptaram como a sua forma principal de expressão.
Quais serão então as semelhanças e as diferenças que os autores encontram quando se integram num outro meio cultural e descobrem uma nova Pátria? "
adaptado de Goethe-Institut Portugal (ver horários)
Europeanna com mau resultado
Europeanna, aquela que iria ser a biblioteca digital europeia concorrente do google encerrou 24 horas após o seu arranque. O tráfego de 20 milhões de acessos por hora foi excessivo para a capacidade do website projectado, pelo que foi anunciada uma reabertura em meados de Dezembro.
Prémio a Miguel Azguime
sábado, 29 de novembro de 2008
Mais Warhol em DVD
Em 2009 irão chegar em DVD poarte dos mais importantes screen tests de Andy Warhol: "13 Most Beautiful... Songs for Andy Warhol's Screen Tests". Irá constituir a primeira edição autorizada destes filmes do artista, guardados desde 1964-1966, altura da sua rodagemn. Personagens como Lou Reed, Nico, Denis Hopper, Edie Sedgwick ou Igrid Superstar cosntam destes 13 clips. O DVD é acompanhado por uma banda sonora criada por Dean & Britta e nos extras, apresenta um documentário sobre os bastidores das performances ao vivo destes músicos e entrevistas aos próprios. No booklet constarão breves biografias das figuras retratadas nos screen tests e uma série de ensaios.
(Nota: Haverá uma edição limitada deste DVD (com o custo de $250), que tem para o cliente uma reprodução manual de uma foto de uma das 13 pessoas aqui retratadas por Andy Warhol.)
(Nota: Haverá uma edição limitada deste DVD (com o custo de $250), que tem para o cliente uma reprodução manual de uma foto de uma das 13 pessoas aqui retratadas por Andy Warhol.)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
CD novo, vida nova
É esta a capa do novo CD dos escoceses Franz Ferdinand. As fotos promocionais do grupo foram tiradas num supermercado Lidl e o alinhamento é o seguinte:
1. Ulysses
2. Turn It On
3. No You Girls
4. Send Him Away
5. Twilight Omens
6. Bite Hard
7. What She Came For
8. Live Alone
9. Can't Stop Feeling
10. Lucid Dreams
11. Dream Again
12. Katherine Kiss Me
A propósito da crise islandesa e da arte...
Georg Holm, baixista da banda islandesa Sigur Rós é entrevistado no Reino Unido pelo Channel 4. A entrevista consistiu basicamente numa perspectiva acerca da crise económica que repentinamente assolou o seu país. Para além de afectar todos os sectores principais, o artístico-cultural também sofre as consequências (a banda passou por exemplo a reter 35% do lucro da venda dos álbuns em vez de 70%). Ainda assim, podemos dizer que agora é este um dos principais escapes económicos do país.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Radiohead - Weird Fishes/Arpeggi
Aqui está mais um dos vídeos para uma canção de In Rainbows realizado por um fã, que foi escolhido pela banda para ser oficial. Tal como os restantes 3 vencedores (provenientes dos E.U.A., Alemanha e Japão) do "In Rainbows Animated Music Video Contest", recebeu 10 mil dólares. Ainda esta semana irão ser dados a conhecer os vídeos de "Videotape" e "15 Step". O outro clip, "Reckoner", foi já dado a conhecer no blogue anteriormente.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Prospekts March hoje...
Sai hoje para o mercado o primeiro EP dos Coldplay depois de Viva la Vida or Death and all His Friends, sob o nome de Prospekts March, com oito faixas nunca editadas anteriormente, sendo seis completamente novas e as restantes versões novas de "Lost" (com Jay Z) e "Lovers In Japan" (versão Osaka Sun Mix).
1.'Life In Technicolor II'
2.'Postcards From Far Away'
3.'Glass Of Water'
4.'Rainy Day'
5.'Prospekts March'/'Poppyfields'
6.'Lost +'
7.'Lovers In Japan (Osaka Sun mix)'
8.'Now My Feet Won't Touch The Ground'
sábado, 22 de novembro de 2008
Há 40 anos...
...saía aquele que é para mim a obra-prima dos Beatles. Não tem nome e na capa apenas surge o nome da banda. Foi chamado de "The White Album" precisamente pela capa ser exclusivamente branca, sem nada mais, o antagónico do psicadelismo e excesso de Sgt. Pepper's. O álbum é maduro, diversificado, mostrando tanto as raízes do rock como projectando o seu futuro. Embora este fosse o auge das suas capacidades musicais, os membros da banda evidenciaram mais que nunca uma discrepância nos interesses, tanto que a maior parte das músicas foi composta individualmente pelos líderes Paul McCartney e John Lennon, para além de algumas de Ringo Starr e George Harrison. Uma grande minoria foi composta em conjunto e harmonia. Há quem diga também que a presença e intervenção de Yoko Ono, viúva e Lennon, no curso do grupo e das gravações tenha sido um factor para a sua desintegração.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Auto-retrato
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Arte Lisboa 08
A 8ª edição da ARTE LISBOA - feira de arte contemporânea portuguesa - tem hoje início e durará até 24 de Novembro no Pavilhão 4 do recinto da FIL, situado no Parque das Nações. Começa às 18h para preview & vernissage e só amanhã abrirá ao público, num horário fixo das 16-23h.
Bilhete Individual 20-24 Novembro: 8,00 €
Bilhete Estudante / Jovem / Sénior 20-24 Novembro: 4 €
Catálogo Oficial ARTE LISBOA 2008: 20,00 €
para consultar programa e outros tópicos, ver site oficial
domingo, 16 de novembro de 2008
Mais do que uma adaptação
Só ontem pude ver Blindness, a adptação cinematográfica de "Ensaio Sobre a Cegueira" de José Saramago realizada por Fernando Meirelles, responsável por obras-primas como A Cidade de Deus e The Constant Gardener.
A verdade é que normalmente todos têm uma grande expectativa e saem frustrados por o filme não corresponder à escrita. A minha opinião é que não corresponde, mas isto não é mau: o livro tem muito que o filme não tem, mas o filme tem igualmente imenso que o livro jamais terá. O fantástico Meirelles conseguiu intensificar toda a crueza e profundidade que estão inerentes à obra de Saramago. Visualizar a miséria descrita no livro num universo de cores pálidas/ pouco saturadas, ciclos focagem-desfocagem, presença metafórica e constante do branco e fixação na expressão facial são apenas algumas das centenas de características que poderíamos enumerar. Aqui e ali há realismo que choca o espectador e captura-o de uma forma diferente da leitura, é-lhe dada simplesmente a tradução em imagens de um universo que nunca se pensaria possível de encenar. A humanização é mais do que percepcionada e aquilo a que nos habituámos desde sempre numa sala de cinema torna-se surreal. A própria audiência parece integrar-se na narrativa e mais do que nunca perceber o âmago do filme. Os próprios actores parecem sempre ter existido na nossa imaginação ao ler o livro, seria difícil existir melhor elenco.
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Agora sim posso dizer: "A Federação Americana de Cegos está completamente errada. Quem leu o livro e viu o filme, percebe perfeitamente que a adaptação à película foi bastante fiel e que o que está em causa não é a cegueira nem o cego, mas o ser humano em si". É frio e crú, é certo, mas é filme de Meirelles e ninguém pode ir para lá de ânimo leve...
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Mogwai em Portugal
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Sigur Rós - entre o paraíso e o inferno
Há concertos que marcam, mas há espectáculos que vão para além da música. Os islandeses Sigur Rós não vieram a Portugal para apenas dar um concerto, vieram para mostrar aquilo que é o ser humano por dentro. Difícil é já escrever sobre o conjunto de músicas que trouxeram até nós, mas mais difícil é conseguir transmitir aquilo que as acompanhou, a dimensão envolvida em seu redor, assim como o que visualmente era perceptível. Com um Campo Pequeno cheio, a banda era já mais que esperada e a receptividade pelo público dos "8 aos 80" anos foi calorosa e efusiva. É complicado definir o estado com que se espera o concerto que era afinal o espectáculo da minha vida, da minha banda favorita, que durante tantos anos contei para ver. Entre a ansiedade, a emoção extrema, a melancolia e a excitação, a maior parte os aguardava. A primeira parte foi assegurada pelos compatriotas For A Minor Reflection, que confessaram ser esta a sua primeira grande audiência, não fosse a praça de touros restaurada majestosa e imponente. Com uma poderosa prestação post-rock, estes islandeses provaram que não eram só uma banda de abertura, com instrumentais que apelavam à profundidade e potência. Curioso era o facto de o baterista vestir uma camisola da Laranja Mecânica e de na frente do palco pousar um teddy bear. Seguidamente, na dolorosa espera, ecoou "Straumnes" pelo recinto, faixa instrumental e calmante do último álbum, durante vários minutos, até que se apagaram as luzes. Munidos dos seus novos trajes, Jónsi, Orri, Georg e Kjartan entram no palco e apoderam-se dos intrumentos para rapidamente darem início à bela introdução "Svefn-g-englar", a meia luz amarelada, com as devidas sombras. Quando Jónsi inicia o toque da guitarra com o arco de violoncelo um arrepio percorre tudo e todos, a perfecção atmosférica do som é inebriante. Como habitualmente, antes da explosão sonora da faixa (que foi acompanhada da mudança para luz branca provinda de holofotes do chão, projectando-se sombras gigantes), o vocalista cantou para o interior da guitarra. A continuidade da música, após alguns minutos de solo de arco, é assegurada por "Ný Batterí", igualmente retirada do segundo álbum "Agaetis Byrjun", onde se fazem sentir os primeiros grandes efeitos luminosos da noite, alternâncias rápidas entre azul e branco fluorescente vindo de baixo, seguidas da projecção de imagens a preto e branco e contraste na tela que se encontrava atrás dos instrumentos e à frente das órbitas luminosas suspensas. Nesta música foi a vez de Orri brilhar na bateria com a sua coroa multicolor. A primeira incursão pelo recente "Með suð í eyrum við spilum endalaust" fez-se com a melancólica "Fljótavik", momento que ficará eternamente guardado na memória, dado que toda ela foi reforçada pela tela que se pintou de negro com pontos brancos luminosos, tal qual estrelas, algo que jamais seria pensado ao vivo. O piano e a voz de Jónsi cravaram-se como facas no coração dos espectadores e aqui e ali eram vistas caras felizes mas tristes simultaneamente. Nada que não se resolvesse com "Við spilum endalaust", novo single do último álbum igualmente, que pôs todos aos saltos de felicidade, acompanhado pelo encarnado dos focos e imagens de adolescência projectadas. Foi a vez de "Hoppipolla", a mais conhecida do reportório, ser tocada. As órbitas iluminadas de azul mais claro contrastando com o azul de fundo transportaram-nos até ao mundo de encantar e como já era esperada, "Með Blóðnasir", a continuação da música, deu aso ao cantarolar do público incentivado por Birgisson, onde imagens que alternavam da infância à velhice eram sobrepostas na tela às esferas luminosas. A alegria continuou pela novíssima "Inní mér syngur vitleysingur", onde o palco se pintou de todas as cores e Jónsi voltou ao piano, acompanhado da sincronização perfeita de Georg no baixo com Orri na bateria, para além da segunda voz de Kjartan. As palmas e os gritos foram constantes. Mas tudo muda: "E-Bow" ou "Untitled 6", do álbum "( )", volta ao clima opressivo, pulsante e perturbador, cantada em vonska, com as batidas compassadas, o arco reverberante na guitarra, as teclas premidas para o ambiente atmosférico e claro, o uso do e-bow de Georg no baixo, que deu o nome à música no passado. Com início luminoso à semelhança de "Hoppípolla", é subitamente modificado o rumo visual com mudança gradual de cor das esferas, que tomam tons alaranjados do inferno nas partes mais intensas e focos laterais permanentes como faróis. É retomada a viagem por "Takk...", desta vez pelo mar: "Sæglópur" marcou o regresso à atmosfera de tempestade e perturbação num cenário verde celeste, como se de um mar de contos de fadas se tratasse. Mas antes disto, todos os elementos da banda se dirigiram para os teclados para contribuir para a complexa sequência inicial, acompanhada da projecção de imagens em negativo de cada perspectiva dos pianos/teclados, que rapidamente se desfizeram num vaivém abstracto de cor. Um dos grandes momentos da noite chegou: "Festival", do último álbum, a responsável por tantos atentados emocionais estava pela primeira vez a ser tocada em Portugal. O início apenas vocal e com efeitos dimensionais dos teclados de Kjartan foi duradouro e a meio o falsete de Jónsi prolongou-se durante minutos deixando todos estupefactos, frente à projecção de manchas brancas inconstantes na tela escura, até que...começa a parte instrumental e as órbitas iluminam-se subitamente, com as manchas sobrepostas, fazendo tremer o mais resistente e forte dos espectadores, deixando qualquer um impotente perante a grandeza do som. Quando o crescendo toma proporções inimagináveis, uma chuva suave de confetti cai do tecto e banha os espectadores mais próximos, embelezando todo o cenário que só por si já era de sonho. O baixo de Georg tocado de forma original por uma baqueta anuncia o início de "Hafsól", um regresso ao passado mais longínquo do grupo. Com focos alaranjados confortantes, que têm mais tarde companhia da imagem em negativo da guitarra tocada por violino e das órbitas igualmente em cores quentes. O som que cresce no final em implosão tem marca essencial da flauta de Kjartan. Jónsi pede a todos que se levantem nas bancadas e galerias e que batam palmas à seguinte música, não fosse ela "Gobbledigook", o último grande êxito que não foge ao espírito da banda, senão no ritmo quente e gingão. Voltam os colegas For A Minor Reflection para ajudar cada um na percussão com o seu bombo. Cantarolada, a música é marcada pelas cores diversas e alegres que já antes tinham sido usadas, tendo início a meio da música uma explosão de confetti, que desta vez banharam todo o Campo Pequeno durante minutos, criando mais que nunca o cenário de um sonho colorido. "All Alright", o seu único tema cantado em inglês mas que em nada fica atrás dos outros, é outro momento de mão no peito, em que so a voz de Jónsi e o piano desta vez tocado por Orri são audíveis, em que apenas as órbitas com silhuetas humanas sobrepostas são visíveis. Vem o encore e com ele "Glósoli", onde o baixo é sem dúvida grande protagonista, sendo todos os sons sublinhados pela tela com imagens a preto e branco de excertos do videoclip e focos intermitentes num crescendo sonoro inconfundível. A conclusão esperada "Popplagið" ou "Untitled 8" esteve à altura do seu papel. Começando suavemente com a ajuda de Kjartan que trocou momentaneamente para a guitarra, dedilhando as famosas notas, os focos eram vermelho intenso, assim como as esferas, às quais estavam sobrepostas silhuetas indefinidas de espíritos brancos. À medida que a intensidade da música aumentava, prefanzendo com excelência a perfecção intimidante dos quatro instrumentos, o cenário muda e de repente vemo-nos perante um espectáculo visual onde domina a tecnologia, sendo a tela preenchida por algo que parece a imagem de uma ecrã avariado e irregular, sendo a apoteose preenchida não só por focos brancos e vermelhos intermitentes, como pela loucura de Jónsi, que acocorado sobre o seu instrumento faz investidas em direcção tanto à parte dianteira do palco como traseira, atirando acidentalmente um dos amplificadores ao chão, assim como o microfone. Ao som do feedback, os islandeses partem e voltam duas vezes para um bem acolhido "Takk" ("obrigado") e várias vénias. Escusado será dizer que durante o espectáculo, o vocalista afirmou que este era um país onde gostavam muito de tocar, muito pelo seu público. De certo uma noite muito feliz para todos, a mais especial para alguns. Até hoje jamais havia visto tão belo e majestoso espectáculo, nunca nada me havia tocado tanto e isso valeu por tudo. Numa conversa póstuma com a banda consegui confirmar que realmente são tão boas e simples pessoas quanto parecem. As conversas em inglês são animadas e o carinho e compreensão demonstrados são sem dúvida confortantes. Esperemos que haja uma próxima vez e que (será possível?) seja igualmente grandiosa.
Popplagið
Popplagið
domingo, 9 de novembro de 2008
O Último Metro de Palma
No dia 14 de Novembro, próxima sexta-feira, às 21.30h Jorge Palma irá dar um daqueles concertos únicos em Lisboa. O evento tem lugar no Campo Pequeno, mas este não será dividido como habitualmente...o palco será circular e medirá 12,5 metros de diâmetro e dentro deste existirá outro igualmente redondo que será rotativo e alojará o piano e guitarra do músico português. Acima dos palcos estarão 4 ecrãs LEDS que irão perfazer um total de 48 metros e 200 mil Wt de luz, para além do sistema de som especialmente projectado para o concerto.
Esperemos que o estado de Jorge Palma não vá arruinar este evento que tem potencialidade para ficar para a história.
sábado, 8 de novembro de 2008
Nouvelle Vague "s'il vous plaît"
O regresso dos Nouvelle Vague a Portugal após faltarem ao Optimus Alive!08 aconteceu ontem no Campo Pequeno, num concerto não só colossal como mágico.
Tudo começou com o projecto de Mélanie Pain, principal cantora do colectivo francês, a solo, com a ajuda do colega de banda Paul na guitarra e teclados. Uma bela introdução, que contou não só com a boa e doce disposição da cantora, que aparentava fazer parte de uma fotografia parisiense dos meados do século XX com o seu vestido de fille française, mas também com sons de discos de vinil de onde soavam florestas nocturnas, fantasia, mistério, misturados com o impressionismo da Gália.
Após e primeira parte, os Nouvelle Vague propriamente ditos entraram na arena de touros para apresentar as duas novas cantoras: Nadeah Miranda e Marianne Elise. Teve início com duas adaptações dos Cure "One Hundred Years" e "A Forest" e logo aí foi vista a interacção entre as duas e com o público, que se manteve constante nas suas actuações ao longo da noite. O espectáculo teve como base essencial os álbuns "Bande Á Parte" e "Nouvelle Vague", com apenas algumas incursões suaves a "Late Night Tales". Nadeah Miranda foi a surpresa da noite, no seu vestido curtíssimo, despenteada, descalça e extremamente sedutora, tinha uma pose eléctrica que não largou nem um segundo. Saltos, danças, expressão corporal mecânica e até vampiresca (como em "Bela Lugosi's Dead" dos Bauhaus), movimentos bruscos, deitar água no público, gritar com ele para incentivá-lo e até mesmo imergir nele (em "Too Drunk To Fuck" dos Dead Kennedys o show mudou de rumo para o extremo ritmo alucinante, entusiasmando-se a vocalista e deitando-se para cima da plateia literalmente). Gérald Toto também dominou grande parte do concerto, transformando canções como "Heart of Glass" dos Blondie e "Relax" em mornas canções latinizadas. A canção mais acarinhada pelo público português foi sem dúvida "Love Will Tear Us Apart" dos Joy Division, cantando-se o refrão sem medo e até durante a ausência da banda antes dos encores, que foram 3. O meu momento da noite foi "Dance With Me", canção de marca da banda que é marcada à semelhança de muitas outras, pela beleza da melódica de Paul, instrumento usado por excelência cada vez por eles. Marc Collin e Olivier Libaux, fundadores do colectivo, tiveram presença constante na guitarra e no teclado, assim como o contrabaixista e baterista convidados. Os New Order foram bem representados por "Bizarre Love Triangle" e "Blue Monday", tocando-se outros grandes êxitos como a inesperada e calmíssima adaptação "God Save the Queen" dos Sex Pistols por Mélanie e Israel de "Siouxsie & the Banshees". Com mais de 2.30h de espectáculo os Nouvelle Vague demostraram não ser "só mais uma daquelas bandas de covers", primando pela originalidade, inovação, sofisticação, mas principalmente pela ligação a um passado próprio e que influenciou e influencia várias gerações pelo mundo fora.
Antes da despedida definitiva foi anunciado por Nadeah que o outro projecto de Marc Collin - Hollywood Mon Amour - irá dar um concerto grátis no Casino de Lisboa dia 17 de Novembro pelas 22:30h.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
As eleições e a arte
Quem pensa que as eleições norte-americanas não tiveram nada de artístico, engana-se. A verdade é que muitos foram os nomes do cinema, música, artes plásticas, teatro e literatura que prestaram o seu apoio público ao vencedor Barack Obama. Entre estes, foram ainda muitos os que recolheram fundos para a campanha do dito presidente, como é o caso dos The National, que fizeram uma t-shirt referente à sua música "Mr. November" com uma imagem de Barack, cujos lucros de venda já tinham então destino. Podemos considerar ainda nomes como Bruce Springsteen, Bob Dylan, R.E.M. Stevie Wonder, Breeders, Jon Bon Jovi, Jay-Z, Pete Wentz e quase todos os artistas de renome da comunidade latino-americana e afro-americana.
Começam agora as celebrações e espectáculos de homenagem que mostram o contentamento e júbilo da comunidade artística apoiante de Obama, se bem que os R.E.M. já tinham celebrado o final da "era Bush" no Chile esta semana...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Visões do Sul – 1ª Mostra Internacional de Cinema de Portimão
"Itinerâncias e viagens são os temas centrais de Visões do Sul que exibe, ao longo de cinco dias, 13 filmes apresentados por convidados como Nuno Gonçalves, Pedro Mexia ou Joana Amaral Dias. Inspirada na personalidade de Manuel Teixeira Gomes, político e escritor natural de Portimão que percorreu o Sul da Europa e o Norte de África em busca de outras culturas, Visões do Sul é também um olhar sobre o carácter cosmopolita de Portimão e uma janela aberta ao diálogo intercultural nesta cidade à beira-mar."
Tem início hoje às 21:30h com a exibição de O Adeus à Brisa, documentário de Possidónio Cachapa sobre Urbano Tavares Rodrigues.
Para ver programação clicar aqui
Tem início hoje às 21:30h com a exibição de O Adeus à Brisa, documentário de Possidónio Cachapa sobre Urbano Tavares Rodrigues.
Para ver programação clicar aqui
domingo, 2 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
Biografia de García Márquez
Regresso de Beirut
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