sábado, 27 de fevereiro de 2010
Um príncipe sonâmbulo no CCB
O Príncipe de Homburgo, do dramaturgo alemão oitocentista Heinrich von Kleist , que ontem se estreou no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
"Frederico Artur, príncipe de Homburgo, sonha com a glória. Passeia, sonâmbulo, até ao jardim do palácio, na véspera da batalha de Fehrbellin. Ainda dormindo, coloca na própria cabeça uma coroa de louros e assim o encontram o Eleitor do Brandeburgo e respectiva Corte. Troçando, o Eleitor impõe-lhe a coroa. Desta aparentemente inócua brincadeira irá fluir este drama de inesperadas consequências.
Assim nasce o enredo desta que foi a última peça de Heinrich von Kleist, escrita poucos meses antes da sua morte. Escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico, foi o próprio Kleist a considerá-la um drama patriótico, embora o seu protagonista imaturo, cobarde e desajeitado não devolvesse à pátria uma imagem propriamente lisonjeira de si própria".
No elenco destacam-se Graciano Dias (príncipe de Homburgo), Margarida Vila-Nova (princesa de Orange), João Ricardo, Luísa Cruz, João Barbosa, Marcelo Urgeghe, Mário Redondo e João Araújo. Os oito personagens dançam numa coreografia contida, em que os sonhos e motivações são destruídos por acontecimentos externos.
A encenação é de Luísa Costa Gomes e António Pires. Até dia 4 de Março está em cena na sala Eduardo Prado Coelho no Centro Cultural de Belém.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
30º Fantasporto tem hoje início
Tem hoje abertura oficial no Teatro Rivoli o festival de cinema internacional Fantasporto 2010, que celebra então 30 anos.
Para fazer as honras do início será exibido no Grande Auditório Solomon Kane, de Michael J. Bassett. Em estreia europeia e antestreia nacional, o filme participa na competição de Cinema Fantástico. Ainda assim, a primeira efeméride que consta no programa é uma conferência inserida no ciclo "Robótica e Cinema", que estará a cargo do professor da Universidade espanhola de Sevilha Aníbal Ollero.
Durante asemana serão exibidas curtas e longas provenientes dos E.U.A, Alemanha, Índia, França, Coreia do Sul, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Canadá, México, Espanha, Reino Unido, entre outros. Serão mostrados ainda clássicos de Luis Buñuel, Jean Cocteau ou Jean Renoir.
A organização confirmou a presença da Gabriela Canavilhas - ministra da cultura, de Rui Rio - Presidente da Câmara Municipal do Porto, e de Isabel Santos - governadora civil do Porto.
Para ver programa do festival, consultar página oficial
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Tem hoje início a 3ª Edição do Lisbon Restaurant Week by “Sabor do Ano”, a durar até dia 6 de Março. Como anteriormente já foi dito, o evento consiste na disponibilização de um menu de 20€ por mais de 40 dos restaurantes luxuosos da capital. Sendo a ATL - entidade que promove o evento Peixe em Lisboa - a promotora deste Restaurant Week, há uma novidade para esta edição: para além do menu de 20€, é disponibilizado um menu Sugestão Peixe em Lisboa, que tem então uma sugestão de peixe ou marisco por 25€, dos quais 1€, tal como no menu Restaurant Week, revertem em favor da Associação Viver a Ciência e da Cais.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Jónsi - Go Do
"Go Do" é o cartão de visita do novo álbum a solo do vocalista dos Sigur Rós, Jónsi Birgisson. Com a colaboração de Nico Murphy, o álbum Go tem data de lançamento marcada para Abril.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Estado de Guerra nos BAFTA
É verdade, inacreditavelmente esta é a primeira vez que uma mulher sobe ao palco dos prémios de cinema da British Academy of Film and Television Arts para receber o Prémio de Melhor Realização na Royal Opera House (Londres). Kathryn Bigelow vence seis das oito categorias (Melhor Filme, Melhor Argumento, Melhor Realização, Melhor Cinematografia, Melhor Edição e Melhor Som) para as quais o seu filme, Estado de Guerra, estava nomeado, destronando deste modo todo o culto que tem vindo a ser criado em torno de Avatar (que só ganhou dois prémios nas categorias técnicas. A verdade é que esta preferência pelo filme do ex-marido James Cameron, está cada vez mais a mudar de direcção para Estado de Guerra, premiado já pelo Sindicato dos Argumentistas dos Estados Unidos (em conjunto com Up In The Air de Jason Reitman), Critics Choice Awards, New York Film Critics ou LA Film Critics. A realizadora, fazendo juz ao tema do filme, afirma que "Gostava de dedicar este prémio à persistência na necessidade de encontrar uma solução para a paz (...) O segredo na realização (de filmes) é colaborar com os outros e eu tive muita sorte com a minha equipa e com o elenco.".
Outros prémio a aplaudir serão o de Melhor Actor Principal para Colin Firth pela perfomance fantástica em A Single Man, de Tom Ford, o merecido Melhor Actriz para Carey Mulligan por An Education, o de Realizador Revelação para Duncan Jones por Moon e ainda o Melhor Filme Estrangeiro para Un Prophète.
Para ver lista completa dos galardoados, visitar site oficial
Mel para o Urso alemão
E a surpresa é que Bal (Honey), do realizador turco Semih Kaplanoglu ganha o Urso de Ouro na Berlinale. Surpreedido? Por certo, já que nem era dos favoritos (ao contrário de The Ghost Writer de Roman Polanski, que ganhou o Urso de Prata de Melhor Realizador), tendo a sala meio cheia aquando da sua projecção no festival, assim como a conferência de imprensa.
O cinema oriental sai mais uma vez com prémios, inclusivamente o de Carreira atribuído ao realizador Yoji Yamada, assim como o de Melhor Actriz para Shinobu Tarajima em Caterpillar e o Urso e Prata de Melhor Argumento para Apart Together, filme de abertura do festival, do chinês Wang Quan'an.
Outros grandes vencedores foram por exemplo o romeno If Want to Whistle, I Whistle, de Florin Cerban, que ganhou o Prémio Alfred Brauer e o Grande Prémio do Júri; e a dupla Grigory Dobrygin e Sergei Puskepalis, do filme russo How I Ended this Summer, premiada ex aequo com o Urso de Prata de Melhor Actor, ganhando a fotografia de de Pavel Kostomarov ainda o Urso de Prata da Melhor Contribuição Artística.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Cinema Estético
Há alturas em que ao visionar um trailer, ficamos presos desde o primeiro segundo. Talvez tanta ânsia ponha as expectativas de um filme demasiado altas e o resultado é o desapontamento. Ainda assim, há casos em que acontece o oposto, diga-se, ver um trailer e ficar na mesma preso e em contagem decrescente, mas com a diferença da película nos surpreender mais ainda. É isso que acontece com A Single Man, dono de uma das mais fantásticas amostras promocionais. Quando se pensava que por uma câmara nas mãos de Tom Ford, famoso estilista americano, poderia ser uma asneira...enganem-se. Não só não é nenhuma asneira como o resultado é fantástico. Aliado a um excelente argumento retirado da obra homónima de Christopher Isherwood, o filme possui uma das mais bem conseguidas fotografias do cinema actual. Uma beleza estética flui em cada imagem, brincando-se com focagens, pormenores, espressões faciais, planos, saturações e cor. Esta carga do belo, que nos faz desejar inexplicavelmente voltar aos anos 60, complementa um grande trabalho musical e de figuração, adaptando-se a cada pormenor da história e aos próprios actores. Os adereços são simplesmente magníficos, a caracterização de cada personagem é fortemente cuidada, sendo que cada peça de roupa foi pensada até ao mínimo detalhe. A tensão sexual e emotiva que estas imagens transmitem faz repensar no modo como encaramos o cinema hoje em dia. Porque não pode um filme, para além de possuir um excelente leque de actores, uma fantástica história e uma boa representação, desempenhar o papel de obra de arte? Assim consegue de facto prender a atenção, beber do fascínio e jogar com o lado mais subtil do espectador. A tragédia dos belos screenshots, em conjunto com a música, fazem do cenário um local único. Mas nem só desta grande aposta de Tom Ford vive o filme, como se apenas de um catálogo de moda se tratasse. Este é talvez o papel da vida de Colin Firth, homem que ainda não tínhamos visto desempenhar papel tão exigente. Consegue incorporar George Falconer com uma naturalidade para além do normal, de tal modo que o estado e espírito do espectador varia com o desespero e esperança do personagem. O deambular pelo último dia da sua vida é tanto asfixiante, abatendo-se sobre nós aquela sensação de "nothing can be done", como bizarro. Os diálogos são a raíz principal desta causa, agarrando-nos no presente e nos flashbacks constantes da perda de Jim por George que passam pela sua mente. Julianne Moore é, como sempre, arrebatadora, partilhando o protagonismo com Firth nos poucos momentos em que surge na tela. Mesmo assim, são possíveis momentos onde o sarcasmo leva ao riso e adorna o nosso guilty pleasure. Algo impressionante, para além destes bons momentos, é o facto de como homossexual assumido há vários anos, Ford conseguir transpor com a maior naturalidade este tema que é normalmente tabu para um filme, sem que seja alvo de drama ou crítica ou causa principal. É bom ver que os tempos de aceitação chegaram e que finalmente o argumento do filme se sobrepõe às questões da injustiça ou discórdia sexual.
Resumindo, pode não ser um filme de Óscar segundo a Academia e o vencedor do Leão de Ouro em Veneza, mas é desde já um clássico, vindo recuperar o cinema estético e a naturalidade de uma história nada natural. Extraordinário.
Vampire Weekend - Giving Up The Gun
O novo videoclip retirado de Contra conta com a presença de Jake Gyllenhaal, RZA, Lil Jon e Joe Jonas.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Rei Édipo é realismo social
fotografia retirada de Diário de Notícias
E Jorge Silva Melo apresenta uma versão de Rei Édipo por si encenada no Teatro D. Maria II. A reconstituição é feita a partir de Sofócles (427 a.C.) e conta com a representação de Diogo Infante. A peça tem carácter interactivo, transformando a sala em Cidade e os espectadores em cidadãos, contribuindo para o efeito com figurinos de homens de Tebas espalhados por todo o lado. Jorge Silva Melo explica então que "A tragédia é pública(...) Não acontece dentro do palácio. Isto não é o drama de um homem que comete incesto, o que torna este drama uma tragédia é o facto de ser vivido na Cidade, connosco.". Decide então apostar numa tragédia de poucas palavras, de sintaxe simples e vocabulário restrito e repetitivo, como na maior parte da população da cidade. Assim, acredita conseguir maior realismo e autenticidade, aproveitando mais de Sófocles e menos da tragédia romântica clássica europeia.
O acompanhamento sonoro fica a cargo de Pedro Carneiro e da Orquestra de Câmara Portuguesa, completando a musicalidade conseguida pela repetição de expressões e ideias. Os efeitos orquestrais, à semelhança dos homens de Tebas e das suas vozes, também vêm de todos os lados na sala para envolver os espectadores, nomeadamente dos camarotes.
Já percebemos que o encenador em como objectivo a proximidade entre a situação real e social vivida na cidade, de modo que a cenografia de Rita Lopes Alves não inclui fatos de época (por exemplo, os homens de Tebas usam suspensórios, coletes, botas). Deste modo somos afectados com o choque de que a tragédia é intemporal, assim como as atitudes deste (anti-)herói, que tanto salva a cidade, como é responsável pela sua decadência.
Outros nomes sonantes constituem o elenco, como Virgílio Castelo no papel de Creonte, Cândido Ferreira como Pastor ou José Neves como Sacerdote. Mais 28 homens entram na peça, mas apenas uma mulher, Lia Gama (Jocasta) participa.
A peça pode ser vista até dia 28 de Março
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Robert Longo - Uma Restrospectiva
Foi ontem inaugurada no Museu Colecção Berardo uma exposição onde estão patentes obras que, nos anos 70, tornaram o artista nova-iorquino Robert Longo célebre. Falamos dos enormes desenhos a carvão em fundo branco de homens finamente vestidos de preto e branco em posições desajeitadas/contorcidas, aparentando dançar ou cair devido a um baleamento. Esta é a série Men In The Cities, que constitui dete modo o início da mostra "Roberto Longo - Uma retrospetiva", que reúne 50 obras representativas da sua carreira. O mundo contemporâneo é aqui visionado segundo uma lógica gráfica dominada pelo lápis de carvão e de grafite, que impõem uma conotação relfexiva forte e dramática.
Gilbert Perlein e Caroline Smulders são os comissários desta exposição organizada em coprodução com o Musée d´Art Moderne et Contemporain de Nice, prolongando-se até dia 25 de abril de 2010.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
World Press Photo 2010 - Os Vencedores
Aqui estão os primeiros prémios das várias categorias:
World Press Photo do Ano
Notícias - Singularidades
Notícias - Geral
Pessoas nas Notícias
Acção em Desporto
Desporto - Singularidades
Actualidade
Vida Quotidiana
Retratos
Artes e Entretenimento
Natureza
Para ver os restantes prémios, assim como o nome/proveniência dos vencedores, consultar página oficial
sábado, 13 de fevereiro de 2010
ARCO Madrid 2010
Na próxima quarta-feira, dia 17 de Fevereiro, tem início mais uma edição da ARCO Madrid. Este ano, irá contar com 11 galerias portuguesas de arte, das quais a maioria é repetente (Arthobler, Carlos Carvalho Arte Contemporânea e Baginski por exemplo). As visitas profissionais prolongam-se até quinta-feira, dia da inauguração oficial deste evento, decorrendo até dia 21 deste mês.
Contudo, este ano há uma mudança: não é um país o convidado especial da feira de arte, mas sim uma cidade - Los Angeles. A cidade, conehcida como um dos maiores expoentes mundiais de multi-culturalismo, faz-se representar por 17 galerias e 60 artistas. Christopher Miles, comissário da secção Panorama Los Angeles, afirmou inclusivamente que "Queremos partilhar esta visão de Los Angeles com Madrid, um dos grandes centros de manifestações culturais e artísticas (...) um espaço onde todas as culturas estão representadas".
No total a ARCO Madrid irá albergar os trabalhos de 218 galerias (das quais 141 são estrangeiras) de 25 países diferentes. Para além das 162 que se centram no Programa Geral, o espaço ARCO 40 vai receber mais de 30 projectos de jovens artistas. Tudo vale nas obras apresentadas, desde pintura, fotografia, escultura, instalação ou vídeo. Outros espaços interessantes são o espaço Expanded-Box, onde se realiza "uma aposta nas tendências mais actuais que exploram as influências e os usos das tecnologias nas artes", o espaço Performing Arco que acolhe projectos visuais e a secção Cinema Loop, dedicada ao vídeo. Decorrerão ainda debates profissionais com especialistas de todo o mundo.
O evento vai, ainda assim, para lá do espaço da exposição, dado que irão decorrer na outros programas no Instituto Cervantes, no Museu Reina Sofía, na Filmoteca Espanhola e no Matadero Madrid.
As entradas para o público, que pode visitar a ARCO de 19 a 21 de Fevereiro, custam 32 euros.
Para ver programa detalhado, visitar site oficial
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
60º Berlinale tem hoje início
A abertura oficial da edição de 2010 do Berlinale esteve a cargo de Apart Together (Separados Juntos), quinta longa do realizador chinês Wang Quan'an. A escolha justifica-se com o simples facto deste homem ter sido descoberto no festival em 2007, vencendo o Urso de Ouro pela longa metragem Tuya's Marriage. Este é o primeiro filme de autor em alguns anos a abrir o Berlinale, contrastando com por exemplo The International no ano passado. E, vendo bem, é um filme cujo argumento trata sobre uma reunificação que, por razões históricas evidentes, é sentida de um modo muito especial na capital alemã, "encenando os reencontros de dois antigos amantes que a história separou em 1949".
Como grandes nomes da cultura popular cinematográfica temos nomes como Scorcese e Polanski. Até ao dia 21, vinte películas disputam o Urso de Ouro assim como os restantes prémios, nas várias salas de Berlim.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Tindersticks - Black Smoke
Primeiro single do fresco e revitalizante Fall Down a Mountain com direito a videoclip realizado por Iain Forsyth and Jane Pollard.
Entrevista ao Alfaiate - (3/3)
Esta é a última parte. Por fim, só resta agradecer a José Cabral a sua disponibilidade e a oportunidade que deu ao Estado d'Arte para a realização da entrevista.
Foi nos textos onde houve uma maior entrega pela parte da sua pessoa que teve mais feedback do público. O que acha disso? Acredita que as pessoas preferem uma identificação pessoal com o autor?
Primeiro, acho que isto mostra que o blog não é mais um blog de streetfashion. Segundo, fico muito contente porque as fotografias, no limite, qualquer um as pode tirar, melhor ou pior, agora os textos não podiam ter sido escritos por outra pessoa. Da última vez que fiz o texto do meu pai estava a pensar “o que é que as pessoas vão dizer disto?” mas estava muito contente. Da vez da minha irmã era uma coisa tão forte que eu nem estava assim tão contente e depois de publicar o texto ainda fui lá fazer umas pequenas alterações. Acordei dia 23 com aquela ideia, fui buscar aquela fotografia que era recente e pensei em ser publicar o post dia 25 à meia-noite, como uma espécie de presente de Natal para a minha irmã. Se eu for lá hoje há coisas que se calhar alterava, mas é sempre assim, convém sempre deixar um tempo pois não nos apercebemos quando lemos o texto sucessivamente. Mas fico muito feliz, acho que estes textos tornam o blog especial. Acho que vão para além do que a pessoa traz vestido e, acima de tudo, “O Alfaiate Lisboeta” é um blog mais de pessoas do que daquilo que elas possam trazem vestido. Esse é o ponto de partida, podia agarrar nos óculos das pessoas, nos relógios, na cor dos olhos, o que quer que fosse. Aquilo que torna o blog especial é a perspectiva.
Tem patente uma exposição do seu trabalho no Restaurante Windclub em Oeiras. Como está a ser recebida?
Só vou lá hoje mas a proprietária disse-me que as pessoas estão a gostar muito. Podem não ir lá de propósito mas quando vêem as molduras observam com atenção e estão a dar mais feedback do que o normal. Eu não vi aquela exposição como uma oportunidade para divulgar o blog, acho que pode ser divulgado, mas o efeito é capaz de ser mínimo. Acima de tudo foi um convite muito simpático que me deixou muito contente.
Já houve modelos retratados no blog que mais tarde o contactaram, para comentar uma foto ou mesmo para interagir uns com os outros. O que acha sobre o efeito que teve na vida dessas pessoas?
Eu gosto muito que as pessoas me agradeçam uma vez que estou a escrever para essas pessoas. Uma vez fotografei uma amiga, escrevi um post e ela ficou surpreendida e disse “Zé, isso foi um chuto no ego”. Eu ficava contente se fosse isso que acontecesse, dar pequenos chutos no ego às pessoas e às vezes, mal ou bem, tenho essa percepção. Depois há aquele fenómeno “Ah, eu já apareci no alfaiate”, não é nada de especial mas ficam contentes, já apareceram. Primeiro até dizem sim, um bocadinho de pé atrás, e depois ficam contentes “Epá ainda bem que disse que sim”.
Acredita que a simplicidade é o segredo do sucesso? Mesmo no formato do blog, na abordagem das pessoas. Se sim, quer manter a sua publicação no mesmo rumo?
O blog não tem muito ruído do ponto de vista estético. Tem o título, as fotografias, o texto, o link para o Facebook, fundo branco. O blog é simples. Se o sucesso resulta dessa simplicidade? Eu acho que sim. Fotografar pessoas na rua começa por ser um bocadinho excêntrico, eu próprio tive que legitimar esse processo perante mim, mas acho que me sinto mais confortável a fazer isto porque agora já consigo olhar para isso como uma coisa normal. Às vezes oiço uns “nãos” mas também não posso ver um “não” como algo que tenha feito mal. Às vezes as pessoas simplesmente não estão dispostas a ser fotografadas na rua ou são tímidas e depois até dizem que vão visitar o blog. Mas há situações em que as pessoas, por não conhecerem o blog, não aceitam. Ainda no outro dia uma rapariga recusou e à noite tinha um comentário enorme a dizer que tinha sido abordada por mim e tinha recusado, mas estava arrependida, pois se conhecesse o blog teria aceite. Para fazer o blog não era preciso reunir grandes características, eu não tinha máquina fotográfica, nem nenhum curso de fotografia. Lá está o fenómeno da blogosfera, se houver alguém com ideias giras sobre qualquer coisa, não é preciso ser muito experiente para alguém lhe dar valor. Há ano e meio estava cheio de vontade de ter um projecto pessoal, escrevia textos sobre relações entre as pessoas, afectos e outras circunstâncias. Podia acontecer que ninguém viesse a ler, quanto mais publicar aquilo mas eu andava contente, até que alguém disse que eu devia criar um blog e eu achei que o formato não era adequado. Depois quando vi o Sartorialist pensei fazê-lo. Agarrei numa ideia e fui transformando-a à minah imagem. O blog pode vir a mudar de rumo, não sei, mas não na simplicidade. As pessoas vão lá e vêem três posts sem texto e dizem por vezes que sentem falta e fico contente. Isto no início era impensável, as pessoas viam aquilo como o Sartorialist português. Até podia ser um elogio, mas era algo redutor, não apanhava toda a natureza do blog.
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E chega o trailer...
Como referido anteriormente, chega na primavera o documentário sobre Stephin Merritt: Strange Powers: Stephin Merritt and The Magnetic Fields. O trabalho resulta de dez anos em que Kerthy Fix e Gail O’Hara viveram em proximidade com o compositor e os seus múltiplos projectos. Aqui está o trailer:
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Entrevista ao Alfaiate - (2/3)
É da opinião que a estrutura e ambiente desta cidade são adequados e motivadores para estas diferenças entre os indivíduos?
Lisboa começa a ser um sítio multicultural. Temos a presença africana, brasileira e outras presenças, nomeadamente de alguns países europeus. Também noto que se está a tornar mais cosmopolita, mais turística e por isso também abordo estrangeiros. Acredito que quando as pessoas viajam/fazem turismo estão mais dispostas a fazer coisas diferentes. Quando antes disse que as pessoas de Lisboa se conheciam mais, isso está relacionado com a estrutura da cidade. Uma cidade média pode pôr barreiras, a certo ponto, porque as pessoas têm medo de aparecer em sítios que não conhecem. Agora que já há mais gente que conhece o blog, já não é tanto assim, não digo que toda a gente conheça o blog, mas penso que a resistência inicial já foi mais ultrapassada, há mais confiança no projecto do que há um ano. Eu próprio tenho mais confiança nele. Por exemplo, tiro a fotografia e já sei à partida que a pessoa vai gostar. No fundo, a estrutura da cidade são as pessoas.
Para tirar uma fotografia a estas pessoas, objectos de singularidade, o que mais o cativa desde o início? Um pormenor, o todo, a atitude durante os minutos de abordagem?
À partida quando vou pedir às pessoas para tirar a fotografia já vou com a resolução tomada. O que me chama mais a atenção é a forma como está vestida, mas sim, a atitude também. Ainda no outro dia, por exemplo, estava na Avenida da Liberdade e vejo uma rapariga a saltitar, literalmente, como a Mary Poppins, com um chapéu-de-chuva, e parecia que tinha acontecido qualquer coisa de lindo na vida dela. Desci e afinal até a conhecia. Neste caso foi a atitude que me chamou a atenção, mas em geral é o conceito estético, a forma como estão vestidos. Mas também já fotografei dois surfistas e aí a questão nem é a roupa. Aí por exemplo achei que o conceito do surfista era forte em Lisboa, numa cidade projectada no rio e voltada para o mar. São conceitos estéticos que me agradam, o limite pode ser até um penteado. O Alfaiate não é um blog de gente gira, é um blog de pessoas.
Há alguns dias, publicou um post onde afirmava ter sido contactado por marcas como a Lacoste. Como encarou este episódio?
Fiquei muito contente. Recebi um mail dum alto cargo da Lacoste onde dizia estar fascinada com o texto. Disseram que gostariam de enviar um pólo para mim e para o meu pai e fiquei muito contente, era sinal que o blog tinha ido mais longe do que aquilo que eu pensava. Há pessoas que são pagas pela Lacoste para escrever textos que incitem os consumidores e eu ali acho que me saí muito bem. Também tinha a inspiração forte que era o meu pai. Em termos de feedbacks de marcas este foi o episódio mais importante. Até porque eu nem falo muito das marcas. Já fui contactado por sites estrangeiros que me queriam associado, com a condição de falar nas marcas. Mas eu falo do que quero e do que gosto, fiz uma referência à Labrador, que é uma marca portuguesa, à Burberry, à H&M, mas quando falo das marcas é porque gosto delas. O meu interesse não é publicitá-las
Como está a lidar com o mediatismo e proporções do seu projecto? Rádio, televisão, blogosfera, pedidos de conselho acerca de moda. Num ano é um grande acontecimento.
Corre-me um certo orgulho para ser franco. Pensei em fazer uma coisa bonita. Não tinha máquina, e bolas o Zé Cabral é um Zé Ninguém. Não tinha ninguém, não tinha material. Era um anónimo que começou a fazer uma coisa que não digo que tinha tudo para dar errado, porque acho que não tinha, mas que não reunia grandes condições. Pode parecer presunçoso mas todas as coisas que aconteceram, consegui prevê-las na minha cabeça, pensei que poderiam ser possíveis. O objectivo era fazer uma coisa que eu gostasse. Quando as coisas são feitas com dedicação é mais provável que tenham qualidade. Porque é que as pessoas vão lá? As pessoas vão lá porque gostam do blogue! Ainda no fim do ano, o Pedro Rolo Duarte, supostamente um expert em blogs, que tem um programa de rádio sobre blogs na Antena 1 e todas as semanas nomeia um blog da semana, elegeu O Alfaiate Lisboeta blog do ano. Quer dizer, uma das coisas que ele faz é ver blogs, fiquei mesmo muito contente. Não é uma questão de achar que mereça ou não, mas trata-se de feedback muito positivo. É estranho tê-lo ouvido ler textos meus, é estranho ouvir alguém ler textos meus. Não me acontecia desde aquela situação da professora do 10º ano que referi no post. Bateu-me muito porque comecei do zero, sem ninguém. Tinha só um amigo que me fez o cabeçalho e a dada altura pedi a um amigo para fazer os cartões que agora entrego às pessoas, quando sugiro fotografá-las. Sinto simpatia pelo Alfaiate e para mim, ao simpatizarem com o blog, simpatizam de certo modo com o autor. Aquilo é um blog pessoal e eu estou lá, não na totalidade, mas parte de mim está lá. Resumindo, fico verdadeiramente feliz. É importante, como em todos os projectos, pois dá-me motivação para continuar.
Etiquetas:
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Fotografia,
Moda,
Personagens
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Raros de Rembrant e Goya na Gulbenkian
A exposição A Perspectiva das Coisas: a Natureza Morta na Europa, séculos XVII a XX, com inauguração no próximo dia 12 na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, tem um grande trunfo: obras raras de Rembrandt e de Goya, que vão estar entre as 71 pinturas dos séculos XVII e XVIII da mostra.
Esta é a primeira exposição internacional com este tema no nosso país Portugal e é apresentada em duas partes:
Parte I: séculos XVII e XVIII, 12 de Fevereiro a 2 de Maio
Parte II: séculos XIX e XX, 21 de Outubro e 2011 a 8 de Janeiro de 2012.
Para além dos artistas já referidos, são ainda exibidas obras de Chardin, Fede Galizia, Juan Fernandéz, El Labrador, Paolo Porpora, Juan de Zurbarán ou Juan Sánchez Cotán. As obras destes provêm de colecções privadas e museus tais como como o Metropolitan Museum (Nova Iorque), o Louvre (Paris), o Prado (Madrid), o Rijksmuseum (Amesterdão), o Mauritshuis (Haia) e a National Gallery (de Washington e Londres).
Peter Cherry, perito em natureza morta espanhola e italiana comissariá a mostra internacional.
Esta é a primeira exposição internacional com este tema no nosso país Portugal e é apresentada em duas partes:
Parte I: séculos XVII e XVIII, 12 de Fevereiro a 2 de Maio
Parte II: séculos XIX e XX, 21 de Outubro e 2011 a 8 de Janeiro de 2012.
Para além dos artistas já referidos, são ainda exibidas obras de Chardin, Fede Galizia, Juan Fernandéz, El Labrador, Paolo Porpora, Juan de Zurbarán ou Juan Sánchez Cotán. As obras destes provêm de colecções privadas e museus tais como como o Metropolitan Museum (Nova Iorque), o Louvre (Paris), o Prado (Madrid), o Rijksmuseum (Amesterdão), o Mauritshuis (Haia) e a National Gallery (de Washington e Londres).
Peter Cherry, perito em natureza morta espanhola e italiana comissariá a mostra internacional.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Entrevista ao Alfaiate - (1/3)
O Estado d'Arte foi conversar com José Cabral, mentor do famoso blog português O Alfaiate Lisboeta. Esta é a primeira parte da entrevista, que resulta como uma clarificação do seu trabalho na blogosfera. Nos próximos dias seguem-se os restantes dois fragmentos.
A sua profissão não está ligada àquilo que escreve. Já me apercebi, por alguns comentários no blog, assim como em entrevistas que lhe foram feitas, que as pessoas ficam surpreendidas por isso. Acha que hoje em dia se desvalorizam as capacidades do Homem como alguém que consegue exercer actividades de enriquecimento pessoal muito distintas?
Há uma tendência para se catalogar as pessoas por aquilo que elas fazem. Eu já fui comissário de bordo e lembro-me que havia uma perspectiva muito diferente daquela que eu percebo agora quando digo a alguém que sou bancário. Acho normal, tem a ver com construções sociais. O blog tem um registo pessoal e acaba por ser o meu projecto criativo. Se tivesse uma profissão mais criativa talvez não tivesse tanta necessidade de ter o meu próprio projecto. Por outro lado se não tivesse que usar fato e gravata todos os dias, talvez não me tivesse lembrado de usar “Alfaiate” para nome do blog.
Acha que isso acontece com a maior parte das pessoas? Ou a existência personalidades multifacetadas é algo escasso na população, padronizando-se em determinada actividade?
Creio que é pessoal. Tem a ver com o facto de as pessoas se sentirem realizadas não é? Há pessoas que não se sentem realizadas numa actividade apenas.
O que vê, por exemplo, nos seus colegas de trabalho?
Se calhar eu e os meus colegas de trabalho temos algumas diferenças. Já nos meus amigos, noto que os interesses e a profissão podem ser bastante diferentes. Quantos engenheiros mecânicos não são por exemplo apreciadores de arte ou engenheiros informáticos que escrevem poemas… Não sei se as coisas antes seriam assim, mas acho que cada vez mais as pessoas têm possibilidade de satisfazer o seu desejo de ter interesses diversificados. A vida profissional é só uma das facetas que nós temos. É por isso que me faz confusão dizer Zé, o bancário ou João, o empresário, Maria, a médica. Não faz muito sentido, é o Zé, a Maria e o João, a profissão é apenas mais um atributo da pessoa.
Alguma inspiração para a criação d’ O Alfaiate Lisboeta, como o José já referiu, veio do blog Sartorialist. Mas a verdade é que têm diferenças. Acabou por criar um estilo próprio de escrita e fotografia que já cativou o público…
A inspiração veio principalmente do Sartorialist, e até podia ter vindo daquele estilo de blogs em geral, mas conheci logo aquele. É muito especial e bonito, acho que marca mesmo a diferença e é engraçado ver a trajectória de um tipo que tirava fotos banais e que agora tira fotografias fantásticas. Apesar de ter sido inspirado no Sartorialist, acho que O Alfaiate Lisboeta tem algo diferente, não se resume apenas a moda. Acaba por ser um blog de crónicas. Por uma razão muito simples, eu não percebo nada de moda. A experiência que eu tenho na moda é muito empírica, muito simples, é aquilo que vejo…a minha sensibilidade pessoal. Não trabalhei por exemplo 15 anos em moda como o Scott Schuman trabalhou. Mas apesar disso, sempre fui atento e sensível ao que me rodeava. É uma perspectiva muito diferente de alguém que não está no mundo da moda e escreve sobre pessoas, é um blog com um registo pessoal, até mesmo até no sentido em que explora a pessoa para além do que ela traz vestido. A moda muitas vezes acaba por ser um pretexto para falar sobre muitas outras coisas, em que posso reportar momentos passados da minha vida, de alguém que me faz lembrar um amigo ou uma ex-namorada. Muitas vezes o momento em que fotografo a pessoa dá origem à escrita do post escrito com essa fotografia. Penso que consigo transmitir o que a foto me fez sentir a quem passa pelo blog. Naqueles momentos, aquelas pessoas são a minha inspiração. Às vezes pode-me dar para escrever ou não, o que não quer dizer que aqueles minutos que estive com a pessoa tenham sido menos inspiradores. Parte muito do contacto, o critério para fotografar alguém é principalmente a forma como a pessoa está vestida. A partir daí pode ou não haver a ponte para o texto.
Várias vezes se internacionalizou. Que diferenças para além da diversidade estilística encontra nos ditos modelos em comparação com Lisboa? Por exemplo, na abordagem.
É um pouco diferente. Lisboa é uma cidade pequena dentro daquilo que é uma metrópole. As pessoas conhecem-se muito, têm sempre um amigo que tem um amigo que conhece alguém. Como se conhecem muito, as pessoas têm mais receio em aparecer num blog como este, questionando-se provavelmente “o que acharão os outros se eu aparecer lá?”. Este é um obstáculo que eu não teria por exemplo em Londres, em Nova Iorque ou em Paris. É difícil subir a rua Garrett e não ver ninguém conhecido, o que já não aconteceria por exemplo nos Champs-Elysées. Esta familiaridade tem um efeito positivo. Há uma familiaridade positiva, no sentido em que as pessoas têm uma ideia simpática do blog. É mais fácil quando conhecem o blog, porque sabem que vão ser bem tratadas e retratadas. Tiro três ou quatro fotografias e mostro à pessoa para ela escolher e assim sente-se à vontade, sendo o seu feedback o mais importante. Numa outra cidade é diferente, pois o fotógrafo é estrangeiro e as pessoas não se preocupam tanto, porque nem sabem onde vão parar as fotos e a probabilidade de as pessoas suas conhecidas as verem é menor. Quanto à forma de vestir, há cidades que inspiram mais que Lisboa, não é que Lisboa não inspire, simplesmente nas grandes metrópoles há tanta diversidade que nem há espaço para notar a diferença. Contudo, talvez nesse caso o blog não vivesse tanto deste seu lado humano. Se tivesse mais gente podia nunca ter escrito alguns textos que escrevi, lembrar-me de dizer ao meu pai para tirarmos uma fotografia com os pólos Lacoste, escrever sobre a minha irmã ou tirar fotografias a casais, sem estar em causa apenas a moda.
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82ºs Oscars - Os Nomeados
Num ano de mudança, passam a estar dez películas nomeadas para Melhor Filme, das quais uma é animação.
Melhor Filme
Avatar
The Blind Side
District 9
An Education
The Hurt Locker
Inglorious Basterds
Precious
A Serious Man
Up
Up In The Air
Melhor Actor Principal
Jeff Bridges por Crazy Heart
George Clooney por Up In The Air
Colin Firth por A Single Man
Morgan Freeman por Invictus
Jeremy Renner por The Hurt Locker
Melhor Actor Secundário
Matt Damon por Invictus
Woody Harrelson por The Messenger
Christopher Plummer por The Last Station
Stanley Tucci por The Lovely Bones
Christoph Waltz por Inglorious Basterds
Melhor Actriz Principal
Sandra Bullock por The Blind Side
Helen Mirren por The Last Station
Carey Mulligan por An Education
Gabourey Sidibe por Precious
Meryl Streep por Julie & Julia
Actriz Secundária
Penélope Cruz por Nine
Vera Farmiga por Up In The Air
Maggie Gyllenhaal por Crazy Heart
Anna Kendrick por Up In The Air
Mo'Nique por Precious
Filme de Animação
Coraline
Fantastic Mr. Fox
The Princess And The Frog
The Secret of Kells
Up
Melhor Realizador
James Cameron por Avatar
Kathryn Bigelow por The Hurt Locker
Quentin Tarantino por Inglorious Basterds
Lee Daniels por Precious
Jason Reitman por Up In The Air
Filme Estrangeiro
Ajami (Israel)
El Secreto de Sus Ojos (Argentina~9
The Milk of Sorrow (Peru)
Un Prophète (França)
Das Weisse Band (Alemanha)
Melhor Banda Sonora
Avatar
Fantastic Mr. Fox
The Hurt Locker
Sherlock Holmes
Up
Melhor Canção
"Almost There", Randy Newman em The Princess And The Frog
"Down In New Orleans", Randy Newman em The Princess And The Frog
"Loin de Paname" em Paris 36
"Take It All" em Nine
"The Weary Kind" em Crazy Heart
Melhor Argumento Adaptado
District 9
An Education
In The Loop
Precious
Up In The Air
Melhor Argumento Original
The Hurt Locker
Inglorious Bastards
The Messenger
A Serious Man
Up
Para ver a lista completa, com os Óscares para Efeitos Técnicos e Curtas-Metragens aceder ao site oficial
Massive Attack - Splitting The Atom
O single oficial de avanço de Heligoland tem a mão de Edouard Salier na realização
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
6ª BES Photo começa hoje
"Dois Pássaros na Gaiola", de André Capeda
É hoje inaugurada no Museu Berardo a exposição dos três finalistas da 6ª Edição do BES Photo. Como já foi aqui referido, o júri composto por Delfim Sardo, Miguel von Hafe Pérez e Nuno Crespo, nomeou como finalistas André Cepeda, Filipa César e Patrícia Almeida, que assim expõem os seus trabalhos, conhecidos ao longo de 2009 em várias instituições por mostras/apresentrações.
A exposição está dispota em três fases, estando a cargo de cada artista uma fase completamente estanque, pela variabilidade dos trabalhos entre si. Por exemplo, Patrícia Almeida fotografa as pessoas, a natureza e as paisagens paradisíacas e simples, festivais (Paredes de Coura e Ilha do Ermal), o amor, o contraste entre o Uurbano e o rural e as pequenas coisas que nos rodeiam e que subitamente descobrimos. Já André Cepeda é mais abastracto e conceptual, partindo de um filme com apenas quatro planos para fazer uma reflexão sobre o amor, sendo que "Cada plano distingue-se da fotografia apenas pela respiração". Para acompanha estes planos de Ontem, onde os protagonistas são um casal abraçado despido e vulnerável, Capeda tem fotografias que representam a dualidade. A outra concorrente, Filipa César, aborda temas complexos como o degredo, a homosexualidade e a censura e presos políticos no Estado novo.
O prémio é de 25.000€. O vencedor é elegido pelo o Júri de Premiação constituido por José Gil, Alberto Anaut e Marcell Feil e será conhecido no próximo dia 23. Contudo, a exposição permanece até dia 4 de Abril.
Sonic Youth em Portugal
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