quarta-feira, 30 de julho de 2008
Inéditos de Dylan a 7 de Outubro
O início de Outubro será recheado pela edição inédita de uma antologia que recolhe raridades de gravações efectuadas entre 1989 e 2006 por Bob Dylan. Chamar-se-á Tell Tale Signs e vai surgir em formato duplo, antecedendo-se pela oferta de Dreamin' Of You, música para download no site oficial do músico. Estes inéditos de estúdio, maquetes, canções gravadas para bandas sonoras e gravações ao vivo também serão editados em formato de CD triplo como sendo o Volume 8 da sua Bootleg Series, acompanhando-se por um livro com as capas de singles de Dylan.
Fleet Foxes - White Winter Hymnal
O primeiro videoclip da banda folk americana, realizado por Sean Pecknhold.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Jack White e Alicia Keys em James Bond
O primeiro dueto de uma canção principal da sequela James Bond irá ser composto por Jack White (The White Stripes e The Raconteurs) e Alicia Keys. A dupla altamente improvável, já que um toca blues/rock/indie/country e a outra r&b, destronou assim Amy Winehouse, Duffy e Leona Louis, principais suspeitas para o papel (Winehouse e Mark Ronson chegaram mesmo a tentar escrever a canção). Terá como título Another Way To Die e foi produzida e escrita por Jack White, participando este aidna de outra forma improvável: toca bateria. Acredita-se cantora soul irá dar à música o "aspecto James Bond" a Quantum of Solace, que estreará em Novembro. Eis o trailer:
Spiritualized® ao vivo
Farmácia + shoegaze + espaço sideral + fogo + gospel = ?
Spitirualized®! Uma das bandas mais controversas da história anda em digressão para promover o novo álbum Songs in A&E e já passou por Portugal no dia 10 de Julho, num grande concerto no Optimus Alive!08.
Numa versão mais alargada, de cerca uma hora e meia, o projecto britânico de Jason Pierce (J. Spacemen) deu um concerto dia 25 em Washington, no 9:30 Club.
Num show psicadélico de space-rock e gospel, as alucinações de Jason tornaram-se realidade para uma multidão que escutou tanto clássicos como "Shine a Light", "Electricity" ou mesmo "Take Me To The Other Side" (dos Spacemen 3, projecto anterior de Jason), como novas faixas fabulosas - "Sweet Talk", "Sitting On Fire", "Death Take Your Fiddle" ou "You Lie, You Cheat". A surpresa da noite foi para mim "Rated X", a minha música favorita dos Spiritualized®, do álbum Amazing Grace, que é o apogeu experimental, simplista e introspectivo de toda a sua carreira, com uma das lettras mais bonitas de sempre.
O concerto está disponível para ouvir na íntegra no site da NPR Music, assim como uma entrevista de 15 minutos a Jason Pierce, frontman da banda, que para alguns esclarecerá o propósito da sua música e a concepção do último álbum.
A setlist foi a seguinte:
"You Lie You Cheat"
"Shine a Light"
"Cheapster"
"Electricity"
"Soul on Fire"
"Sweet Talk"
"Sitting on Fire"
"Walkin' With Jesus"
"Oh Baby"
"Rated X"
"Lay Back in the Sun"
"Death Take Your Fiddle"
"She Kissed Me (It Felt Like a Hit)"
"Come Together"
"Take Me to the Other Side"
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Youssef Chahine (1926 - 2008)
sábado, 26 de julho de 2008
Prémio Camões para Lobo Antunes
Finsbury Astoria Stratocaster por €630 mil
A primeira guitarra que Jimmy Hendrix queimou em público num concerto (note-se, em Londres, Finsbury Astoria - 1967) vai a leilão na The Fame Bureau londrina em Setembro, tendo como base de licitação 630 000 euros. Lembremos que a guitarra foi ainda responsável por varias queimaduras no músico, aquando da combustão
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Downloads (i)legais
O governo britânico apresentou uma proposta que gerou de imediato opiniões contraditórias: o pagamento de 30£(aproximadamente 40€) por ano por um número ilimitado de downloads.
O dinheiro desta taxa iria ser entregue aos detentores dos direitos da música cujo download foi efectuado, ou seja, os artistas mais populares (cuja música teve mais downloads) teriam uma maior fatia das receitas. É aqui que a discordância começa, embora o seu ponto fulcral não seja este...A primeirea medida do governo inglês iria começar com o aviso por carta dos cibernautas mais consumidores de música pirata, sendo o terceiro aviso sinal que a sua ligação à Internet seria desactivada. Há quem não abra mão da sua opinião a favor da pirataria e é por existir tanta discordância pelo país que a medida está aidna e discussão no parlamento.
Segundo o The Independent, 95% dos downloads de música são ilegais. Se a taxa anual for aprovada e for bem sucedida, poderá ser aplicada ao download de filmes e programas de televisão.
O dinheiro desta taxa iria ser entregue aos detentores dos direitos da música cujo download foi efectuado, ou seja, os artistas mais populares (cuja música teve mais downloads) teriam uma maior fatia das receitas. É aqui que a discordância começa, embora o seu ponto fulcral não seja este...A primeirea medida do governo inglês iria começar com o aviso por carta dos cibernautas mais consumidores de música pirata, sendo o terceiro aviso sinal que a sua ligação à Internet seria desactivada. Há quem não abra mão da sua opinião a favor da pirataria e é por existir tanta discordância pelo país que a medida está aidna e discussão no parlamento.
Segundo o The Independent, 95% dos downloads de música são ilegais. Se a taxa anual for aprovada e for bem sucedida, poderá ser aplicada ao download de filmes e programas de televisão.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Kings Of Convenience: Epílogo
Foto de Graziela Costa
Tudo começou com um simples "Hello" de Eirik Bøe. Os dois rapazes na Sala Suggia da Casa da Música tocavam sem acompanhamento o êxito Cayman Islands, de Riot on an Empty Street. Sabendo "Tudo bên?". Erlend Øye não se deixou ficar atrás do companheiro, foi o responsável por grande parte dos risos do público e incentivos ao longo de todo o espectáculo. Embora com paragens um pouco longas entre as músicas, quando estas começavam pareciam tratar-se de magia, sendo a sincronia entre ambos incrível e muito para além do imaginável. O que conseguia ser feito com apenas duas guitarras acústicas era simplesmente impresionante. Aconselhando a audiência a beber água, os rapazes elogiaram ainda o país e a cidade do Porto. Quando os auxílios instrumentais chegaram, Bøe, o psicólogo afirmou "We sound like a real band now!". Estes consistiam num violino, num contrabaixo e no piano principalmente, passando pelo trompete simulado vocalmente por Erlend.
Metade do concerto, que durou no total duas horas, consistiu na apresentação de novos temas, diga-se, EXCELENTES, do novo álbum que ainda não saiu nem sequer tem tão pouco data (Bøe afirma que será editado quando o último leitor de CDs for deitado no lixo). O resto foi um regressar aos velhos êxitos, como "Love Is no Big Truth", "I Don't Know What I Can Save You From", "Stay Out Of Trouble", "I'd Rather Dance With You", "Until You Understand", "Toxic Girl" (a música que os tornou famosos), "Little Kids", "Misread" e finalmente, a fantástica e melancólica "Homesick", que instalou a saudade e a consciência de uma noite de Verão sem memória. A audiência engraçou com o facto do esquecimento (propositado ou não) de palhetas por Eirik e do seu fornecimento (que segundo o colega seria altamente improvável) por Erlend. A alegria instalou-se quando disseram ao público para se levantar das cadeiras e se aproximar do palco.
O encore foi "Corcovado", de António Carlos Jobim, tocada e cantada integralmente em português por Eirik, em que Erlend pode ajudar no "trompete vocal".
De seguida, os jovens de Bergen foram para a rua e conviveram com o público, dando autógrafos e tirando aquilo que parecia uma tonelada de fotos, noemadamente com as fãs. Quando o caso começa a ficar bicudo, vão todos sair à noite na invicta.
Little Kids
Carmensita
Natalie Portman, actriz que namora com Devendra Banhart, é a estrela do seu novo videoclip, Carmensita, cuja música está presente no álbum Smokey Rolls Down Thunder Canyon. O seu papel é o de uma princesa indiana...num vídeo muito colorido e que parece ter sido retiradode um típico musical de Bollywood.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Em busca da coroa desaparecida
A coroa que o baterista dos Sigur Rós, Orri Páll Dýrason, usou na tour de Verão, desapareceu no passado fim-de-semana no Festival de Benicàssim, em Valência (Espanha).
A banda oferece uma recompensa a quem quer que os ajude a encontrar o dito objecto, dado o seu valor de originalidad. Para fornecer informações, estas devem ser enviadas para darren@sigur-ros.co.uk.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
EMMY's 2008: As Nomeações
A cerimónia decorre a 21 de Setembro, mas as nomeações já estão feitas. Os resultados das categorias mais significativas estão aqui:
Melhor Drama
Boston Legal
Damages
Dexter
House
Lost
Mad Men
Melhor Comédia
30 Rock
Curb Your Enthusiasm
Entourage
The Office
Two and a Half Men
Melhor Actor Drama
Gabriel Byrne (In Treatment)
Bryan Cranston (Breaking Bad)
Michael C. Hall (Dexter)
Jon Hamm (Mad Men)
Hugh Laurie (House)
James Spader (Boston Legal)
Melhor Actriz Drama
Glenn Close (Damages)
Sally Field (Brothers & Sisters)
Mariska Hargitay (Law & Order: Special Victims Unit)
Holly Hunter (Saving Grace)
Kyra Sedgwick (The Closer)
Melhor Actor Comédia
Alec Baldwin (30 Rock)
Steve Carell (The Office)
Lee Pace (Pushing Daisies)
Tony Shalhoub (Monk)
Charlie Sheen (Two and a Half Men)
Melhor Actriz Comédia
Christina Applegate (Samantha Who?)
America Ferrara (Ugly Betty)
Tina Fey (30 Rock)
Julia Louis-Dreyfus (The New Adventures of Old Christine)
Mary-Louise Parker (Weeds)
Melhor Guião Drama
Battlestar Galactica (Six of One)
Damages (Piloto)
Mad Men (Smoke Gets in Your Eyes)
Mad Men (The Wheel)
The Wire (30)
Melhor Guião Comédia
30 Rock (Cooter)
30 Rock (Rosemary’s Baby)
Flight of the Conchords (Yoko)
The Office - O Escritório (Dinner Party)
Pushing Daisies (Pie-Latte)
Melhor Série Musical, Comédia ou Variedades
Late Show with David Letterman
The Colbert Report
The Daily Show
Saturday Night Live
Real Time with Bill Maher
Melhor Série Animada (Meia Hora)
Creature Comforts (America Don’t Choke To Death, Please)
King Of The Hill (Death Picks Cotton)
Robot Chicken (Robot Chicken: Star Wars)
The Simpsons (Eternal Moonshine of the Simpson Mind)
SpongeBob SquarePants (Inmates of Summer / Two Faces of Squidward)
Melhor Série Animada (Uma Hora ou mais)
Family Guy (Blue Harvest)
Imaginationland (South Park)
Justice League: The New Frontier
Melhor Mini-Série
Cranford (Masterpiece Theatre)
John Adams
The Andromeda Strain
Tin Man
Para consultar a lista completa, clicar aqui
domingo, 20 de julho de 2008
The National - Guimarães: Epílogo
Por uns considerado o melhor espectáculo da banda em território lusitano, por outros ficando ligeiramente atrás do concerto de Maio na Aula Magna, a opinião que tenho é simples e concisa: único. O facto de se tratar de um jardim pequenino setecentista numa cidade centenária, numa noite quente de lua cheia e junto a um centro artístico contemporâneo, assentou que nem uma luva ao espírito intimista dos senhores indie residentes em Brooklyn. Uma coisa é certa, nenhum concerto da banda em Portugal até hoje teve um espectáculo de luzes tão bom como este que estava integrado no Festival Manta. Os efeitos adequavam-se que nem uma luva às músicas, apresentando as mais calmas e românticas tons de roxo e rosa, as obsessivas amarelo, as revoltosas vermelho, assim como as que dizem respeito ao álcool, as mais calmas verde e as catársicas azul. A luz branca em holofotes era usada principalmente em momentos mais rítmicos e explosivos, como enfoque e destaque. Como sempre, o som foi primoroso, a precisão instrumental equiparou-se à fenomenal voz e sentimento do vocalista Matt berninger, que como sempre, brilhou na luz cintilante como se de uma faca se tratasse, disposta a ferir o espectador por forma a este se aperceber da crueldade do mundo normal. Com a presença constante e habitual do fantástico violinista/teclista Padma Newsome e da secção de sopros, o concerto excedeu os limites da sensibilidade pensável, inebriando o público num embalo simultaneamente terno e cru. O vinho de qualidade ajudou o modestoe tímido Matt a soltar-se e demonstrar o afecto que sentia pelos fãs. Houve inclusivamente alturas em que a multidão cantarolava refrões de músicas não incluídas no alinhamento, como "Friend Of Mine" ou "Karen", ficando a banda muda e emocionada, referindo Aaron Dessner apenas "You sing it better than we do". Os National aproximaram-se várias vezes do público, numa das quais chamo ua atenção para o facto de ser noite de Lua Cheia e de o local ser aconchegante e muito bonito dado que tinham estado em festivais na tour que eram de facto "feios". Bryan Devendorf destacou-se como sempre na bateria, a par do irmão Scott que rolava no baixo, por vezes trocando pela guitarra com Aaron. Bryce, o gémeo de Aaron, atacava furiosamente a guitarra e suavemente o teclado, revelando profissionalismo e devoção. Obviamente Padma Newsome causou como sempre o espanto. Do alinhamento de 20 músicas fizeram parte todas as de Boxer, excluindo "Guest Room" e "Gospel". Voltaram a Alligator com "All The Wine", "Abel", "Secret Meeting", "Baby We'll Be Fine", "Daughters of the Soho Riots", "The Geese of Beverly Road", terminando com a estrondosa "Mr. November". "About Today", do EP Cherry Tree, foi para mim o melhor momento da noite, há algo de mítico/ístico escondido na simplicidade da música, o final é brilhante, autenticamente piscando o olho ao post-rock. Nesta noite, até faixas do antigo Sad Songs for Dirty Lovers como "Lucky You" ou "Murder Me Rachel" doram tocadas. No final do concerto, a setlist foi gentilmente oferecida, tal como as baquetas e palhetas. Aaron, Bryce e Scott desceram até ao jardim para dar autógrafos, tirar fotografias e beber com os espectadores.
About Today
About Today
sábado, 19 de julho de 2008
Optimus Alive!08: Epílogo
Após uma semana sem muito tempo para publicar um artigo sobre o festival, aqui deixo o testemunho na primeira pessoa, com alguns vídeos. Foi de facto até agora o melhor festival de Verão de 2008 e com certeza o mais intenso e original. Dia 10
Spiritualized
Embora fosse um dos poucos fãs que estava ali também por eles, não posso deixar de classificar o concerto magnífico. Foi curto e eficaz. Com pouco tempo, a banda de Jason Pierce trouxe até nós desde a clássica "Shine A Light" até à recente "You Lie You Cheat", faixa que abriu o evento. A apresentação do novo álbum fez-se rogar por músicas como "Sweet Talk", "Soul On Fire" e "Sitting On Fire". Do passado chega-nos "Come Together", "Cheapster" e "She Kissed Me (It Felt Like a Hit)". Sendo uma banda cujo som etéreo provindo do feedback e do coro negro se perde nas malhas do shoegaze, os Spiritualized terminaram com uma espectacular demonstração experimental e psicadélica que captou a atenção dos mais desinteressados. Só lamento ter sido de dia, pois os shows de luzes destes rapazes tornam tudo diferente. Como não podia deixar de ser, todos os instrumentos estavam marcados com a cruz verde da farmácia, que tanto caracteriza o simbolismo e imaginário destes britânicos.
The National
Algo de muito especial aconteceu neste concerto para mim. Enviei uma carta aos senhores pela distribuidora oficial da banda em Portugal. O Matt Berninger a meio do concerto, pára e tira a carta do bolso, procurando no público por mim, o remetente: "Is Mr. Rodrigues up there?". Quando a minha presença é assinalada, o barítono agradece a carta e prossegue o espectáculo com "Mistaken for Strangers", a música que referi como minha favorita. Quando desce à plateia em "Mr. November", abraça-me como um amigo. Inesquecível.
The Hives
Não se poderia imaginar um espectáculo onde houvesse mais interacção com o público. O destaque vai para Pelle Almqvist, o vocalista que é verdadeiro animal em palco. No bom sentido claro. Este rapaz consegue fazer rir os mais irrasciveis fãs das outras bandas. Apelando aos gritos e ao apoio pelo público, a banda da Noruega consegue sempre impressionar. A certa altura conseguíamos ouvir os gritos das mulheres alternados com os dos homens, os apoios à banda e ao rock n' roll cada vez mais altos estimulados pelos artistas, os saltos e as palavras de ordem das letras dos refrões principais que facilmente eram assimilados. Pelle imergiu no público várias vezes e o resto da banda ajudou sempre à festa. Os saltos e movimentos em fatinho marcaram mais que nunca a sua originalidade. O momento mais cómico foi sem dúvida quando fãs cansados dos RATM disseram "Fuck You" acompanhado do gesto. O vocalista não se deixou impresionar pela atitude e disse "Sorry, but if you want to fuck me, only at the backstage, here I can't...but at backstage I'll fuck you up".
Dia 11
Kumpania Algazarra
John Butler Trio
Sem dúvida fantástico. John Butler provou que é mesmo um dos melhores guitarristas do mundo. Com uma semi-acústica consegue fazer tudo o imaginável. O destaque vai também para Michael Barker, o baterista que fez um primoroso solo de bateria em que participou o próprio Butler e o contrabaixista. Beneficiados pela ausência dos Nouvelle Vague, os australianos aproveitaram para oferecer um concerto esmagador, onde inclusivamente puderam fazer crítica à música que passa na MTV actualmente.
Bob Dylan
A lenda folk esteve de facto cá. Para alguns, um concerto brilhante, para outros, um horroroso. Eu pertenço ao primeiro grupo. Avisado pelo álbum Modern Times, eu saberia já que o senhor estaria sentado o tempo todo, com voz mais rouca e envelhecida e nas teclas/harmónica. Assim, posso afirmar que vibrei ao som de canções que têm ja o dobro de anos da minha existência, assimilando o som da excelente banda por quems e fazia acompanhar. Clássicos como "Rainy Day Women #12 & 35", "Like a Rolling Stone", "Desolation Row" ou "Ballad of a Thin Man" intercalaram-se com os recentes "Thunder on the Mountain" e "Ain't Talkin'".
Dia 12
Xavier Rudd
A magnificiência estonteante da percussão foi a característica principal. A capacidade do senhor fazer coisas tão diversas como tocar bateria, guitarra em slide, harmónica e digeridoo anagariou novos fãs e satisfez os que já tinha.
Donavon Frankenreiter
Com bastante interacção também, o californiano deu um concerto muito adequado para o final de tarde. Ainda cantei pelo microfone do dito cujo, atirado duas vezes para a multidão.
Neil Young
A meu ver, o melhor concerto do festival. AO contrário de Dylan, Neil Young, com os seus 62 anos, arrasou literalmente a audiência. O palco era majestoso e ao mesmo tempo íntimo. Tratava-se de uma reconstituição de um cenário dos anos 60/70, em que amplificadores velhos empilhados ocupavam o maior espaço, preenchido também por molduras de fotografia, estátuas de índios manufacturadas, pianos antigos, pássaros de madeira e um órgão imponente. A cada música, um artista plástico pintava uma tela onde iria também escrever o nome da música seguinte, que seria então posta num cavalete para o público ter noção de que faixa se tratava. O senhor e a sua banda demosntraram o que a palavra ROCK queria dizer, remontando às suas origens que serão concerteza intemporais. Desde "Love and Only Love", "Oh Lonesome Me", "Rockin' in the Free World", "The Needle and the Damage Done", "Mother Earth" (a belíssima incursão de Neil no órgão e na harmónica), "Heart Of Gold", "Old Man", "Get Back to the Country", "Cortez The Killer" à espectacular "No Hidden Path", que teve a dura
ção de aproximadamente 25 minutos, o canadiano impressionou tudo e todos. Terminando com o quebrar das cordas da guitarra e a iluminação das letras N E I L no fundo do palco, apresentou a banda e a mulher, retirando-se, não por muito tempo, dado que fez um encore, com "A Day in The Life", dos Beatles. Memorável
Ben Harper + Donavon Frankenreiter
Donavon voltou ao público para um dueto com Ben.
Ben Harper
Ben foi o artista mais acarinhado pelo povo português. Agradeceu todos os gestos de ternura e inclusivamente colocou a assistência a cantar a música em português que partilhava com Vanessa da Mata. Todos os elementos dos Innocent Criminals tiveram o seu momento, fazendo solos muito bons nos seus intrumentos. Harper tocou ainda em slide e pôde interagir com o eufórico público.
Spiritualized
Embora fosse um dos poucos fãs que estava ali também por eles, não posso deixar de classificar o concerto magnífico. Foi curto e eficaz. Com pouco tempo, a banda de Jason Pierce trouxe até nós desde a clássica "Shine A Light" até à recente "You Lie You Cheat", faixa que abriu o evento. A apresentação do novo álbum fez-se rogar por músicas como "Sweet Talk", "Soul On Fire" e "Sitting On Fire". Do passado chega-nos "Come Together", "Cheapster" e "She Kissed Me (It Felt Like a Hit)". Sendo uma banda cujo som etéreo provindo do feedback e do coro negro se perde nas malhas do shoegaze, os Spiritualized terminaram com uma espectacular demonstração experimental e psicadélica que captou a atenção dos mais desinteressados. Só lamento ter sido de dia, pois os shows de luzes destes rapazes tornam tudo diferente. Como não podia deixar de ser, todos os instrumentos estavam marcados com a cruz verde da farmácia, que tanto caracteriza o simbolismo e imaginário destes britânicos.
The National
Algo de muito especial aconteceu neste concerto para mim. Enviei uma carta aos senhores pela distribuidora oficial da banda em Portugal. O Matt Berninger a meio do concerto, pára e tira a carta do bolso, procurando no público por mim, o remetente: "Is Mr. Rodrigues up there?". Quando a minha presença é assinalada, o barítono agradece a carta e prossegue o espectáculo com "Mistaken for Strangers", a música que referi como minha favorita. Quando desce à plateia em "Mr. November", abraça-me como um amigo. Inesquecível.
The Hives
Não se poderia imaginar um espectáculo onde houvesse mais interacção com o público. O destaque vai para Pelle Almqvist, o vocalista que é verdadeiro animal em palco. No bom sentido claro. Este rapaz consegue fazer rir os mais irrasciveis fãs das outras bandas. Apelando aos gritos e ao apoio pelo público, a banda da Noruega consegue sempre impressionar. A certa altura conseguíamos ouvir os gritos das mulheres alternados com os dos homens, os apoios à banda e ao rock n' roll cada vez mais altos estimulados pelos artistas, os saltos e as palavras de ordem das letras dos refrões principais que facilmente eram assimilados. Pelle imergiu no público várias vezes e o resto da banda ajudou sempre à festa. Os saltos e movimentos em fatinho marcaram mais que nunca a sua originalidade. O momento mais cómico foi sem dúvida quando fãs cansados dos RATM disseram "Fuck You" acompanhado do gesto. O vocalista não se deixou impresionar pela atitude e disse "Sorry, but if you want to fuck me, only at the backstage, here I can't...but at backstage I'll fuck you up".
Dia 11
Kumpania Algazarra
John Butler Trio
Sem dúvida fantástico. John Butler provou que é mesmo um dos melhores guitarristas do mundo. Com uma semi-acústica consegue fazer tudo o imaginável. O destaque vai também para Michael Barker, o baterista que fez um primoroso solo de bateria em que participou o próprio Butler e o contrabaixista. Beneficiados pela ausência dos Nouvelle Vague, os australianos aproveitaram para oferecer um concerto esmagador, onde inclusivamente puderam fazer crítica à música que passa na MTV actualmente.
Bob Dylan
A lenda folk esteve de facto cá. Para alguns, um concerto brilhante, para outros, um horroroso. Eu pertenço ao primeiro grupo. Avisado pelo álbum Modern Times, eu saberia já que o senhor estaria sentado o tempo todo, com voz mais rouca e envelhecida e nas teclas/harmónica. Assim, posso afirmar que vibrei ao som de canções que têm ja o dobro de anos da minha existência, assimilando o som da excelente banda por quems e fazia acompanhar. Clássicos como "Rainy Day Women #12 & 35", "Like a Rolling Stone", "Desolation Row" ou "Ballad of a Thin Man" intercalaram-se com os recentes "Thunder on the Mountain" e "Ain't Talkin'".
Dia 12
Xavier Rudd
A magnificiência estonteante da percussão foi a característica principal. A capacidade do senhor fazer coisas tão diversas como tocar bateria, guitarra em slide, harmónica e digeridoo anagariou novos fãs e satisfez os que já tinha.
Donavon Frankenreiter
Com bastante interacção também, o californiano deu um concerto muito adequado para o final de tarde. Ainda cantei pelo microfone do dito cujo, atirado duas vezes para a multidão.
Neil Young
A meu ver, o melhor concerto do festival. AO contrário de Dylan, Neil Young, com os seus 62 anos, arrasou literalmente a audiência. O palco era majestoso e ao mesmo tempo íntimo. Tratava-se de uma reconstituição de um cenário dos anos 60/70, em que amplificadores velhos empilhados ocupavam o maior espaço, preenchido também por molduras de fotografia, estátuas de índios manufacturadas, pianos antigos, pássaros de madeira e um órgão imponente. A cada música, um artista plástico pintava uma tela onde iria também escrever o nome da música seguinte, que seria então posta num cavalete para o público ter noção de que faixa se tratava. O senhor e a sua banda demosntraram o que a palavra ROCK queria dizer, remontando às suas origens que serão concerteza intemporais. Desde "Love and Only Love", "Oh Lonesome Me", "Rockin' in the Free World", "The Needle and the Damage Done", "Mother Earth" (a belíssima incursão de Neil no órgão e na harmónica), "Heart Of Gold", "Old Man", "Get Back to the Country", "Cortez The Killer" à espectacular "No Hidden Path", que teve a dura
ção de aproximadamente 25 minutos, o canadiano impressionou tudo e todos. Terminando com o quebrar das cordas da guitarra e a iluminação das letras N E I L no fundo do palco, apresentou a banda e a mulher, retirando-se, não por muito tempo, dado que fez um encore, com "A Day in The Life", dos Beatles. Memorável
Ben Harper + Donavon Frankenreiter
Donavon voltou ao público para um dueto com Ben.
Ben Harper
Ben foi o artista mais acarinhado pelo povo português. Agradeceu todos os gestos de ternura e inclusivamente colocou a assistência a cantar a música em português que partilhava com Vanessa da Mata. Todos os elementos dos Innocent Criminals tiveram o seu momento, fazendo solos muito bons nos seus intrumentos. Harper tocou ainda em slide e pôde interagir com o eufórico público.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Joy Division - O Documentário
Um documentário que traça a curta e fascinante trajectória de uma das mais influentes bandas britânicas que, apesar de não ter resistido ao suicídio do seu líder, Ian Curtis, deixou um legado musical que perdura até hoje. A história contada pelos ex-elementos da banda pós-punk de Manchester formada em 1976 (Bernard Sumner, Stephen Morris e Peter Hook, agora New Order), retrata ainda a época conturbada de mudanças sociais e políticas em que se moviam.
O documentário conta, entre outros, com testemunhos de Anton Corbijn (o célebre fotógrafo e realizador da biografia ficcionada de Ian Curtis, "Control") Tony Wilson (antigo director da Factory Records, entretanto falecido), do "designer" Peter Saville e de Annik Honoré, jornalista belga e ex-amante de Curtis. Inclui ainda material de arquivo inédito, fotos pessoais e gravações recém-descobertas, além, claro, de muita música e actuações ao vivo.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Exposição Manoel Oliveira em Serralves
De 12 de Julho a 2 de Novembro de 2008 é possível ver no Museu Serralves todos os filmes do cineasta português em exposição, incluindo um ciclo de cinema de Setembro a Novembro e um seminário. Esta primeira mostra do trabalho do cineasta no formato expositivo centrar-se-á no modo como Manoel de Oliveira reinventou o cinema através de uma linguagem que lhe é única. Paralelamente está programado um ciclo de cinema, onde serão exibidos no Auditório do Museu de Serralves todos os filmes que Manoel de Oliveira realizou até ao momento.
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terça-feira, 15 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
Dia 13 - Dia de Single dos Cure!
Hoje os Cure lançam mais um single do álbum que será editado em Setembro, chama-se Sleep When I'm Dead e tem como B-side Down Under. Pode ser ouvido no site oficial da banda.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
AVISO
segunda-feira, 7 de julho de 2008
E o inimaginável aconteceu: Bob Dylan riu-se
Após o mito de Zaragoza, na abertura da Expo, de que Bob Dylan se riu, embora não houvesse câmaras que o comprovassem pois não foi autorizado pelo artista qualquer tipo de reprodução do concerto, o imaginável para milhões de espectadores aconteceu: repetiu a façanha, desta vez em frente às câmaras, no Rock in Rio - Madrid, ontem.
Esperemos que o senhor se mostre igualmente bem-disposto no Passeio Marítimo de Algés e dê um concerto tão fabuloso como o de Madrid, em que apresentou não só novas, mas excelentes versões dos seus clássicos, como também os temas dos últimos álbuns.
Eveybody Must get Stoned
sábado, 5 de julho de 2008
16ª Curtas Vila do Conde
O 16ª Festival de Cinema de Curtas em Vila do Conde tem hoje início e prolongar-se-á até dia 13 (próximo domingo). Os Mão Morta actuam hoje num filme-concerto à 00:15, uma vez que tocarão revisitando os filmes de Maya Deren. O festival abriu com The King of Ping Pong, de Jens Jonsson.
Como principais propostas do cartaz temos:
- La Copie de Coralie, de Nicolas Egel
- Love Will Tear Us Apart, de Yu Lik-Wai
- La Libertad, de Lisando Alonso
- Erotic Space, de Tsai Ming-Liang
- Tell Me on Tuesday, de Astrid Ofner
Para consultar toda a programação ver site
Wim Wenders presidente do júri do Festival de Cinema de Veneza
O realizador alemão Wim Wenders, celebrizado por obras como The Goalkeeper's Fear of the Penalty (A Angústia do Guarda-redes Antes do Penalti), The State of Things (O Estado das Coisas, rodado em Portugal) ou Wings of Desire (As Asas do Desejo), irá presidir ao júri do 65º Festival de Cinema de Veneza, que decorrerá entre 27 de Agosto e 6 de Setembro.
(Nota: O senhor não só apresentou aqui a sua primeira longa-metragem (em 1971), como 10 anos mais tarde o Leão de Ouro pelo filme The State of Things).
(Nota: O senhor não só apresentou aqui a sua primeira longa-metragem (em 1971), como 10 anos mais tarde o Leão de Ouro pelo filme The State of Things).
The Ghost
O novo filme de Roman Polanski, famoso realizador francês mundialmente conhecido pelo filme O Pianista, irá trazer ao público em 2009 a adaptação cinematográfica do livro The Gost (O Fantasma), de Robert Harris.
O argumento recai sobre a vida de Tony Blair e promete ser crítico, tendo como protagonista Pierce Brosnan.
O argumento recai sobre a vida de Tony Blair e promete ser crítico, tendo como protagonista Pierce Brosnan.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Amy Winehouse de cera
No final deste ano seremos brindados com uma escultura de Amy Winehouse no Museu Madame Tussauds de Londres. O mais famoso museu de cera junta assim a carismática figura da música britânica (e de todas as suas polémicas) século XXI a aristas como The Beatles ou Jimi Hndrix. Quase todas as suas marcas corporais serão incluídas na sua escultura, incluindo as tatuagens pin-up (excepto a do crack).
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Parecença ou Cópia?
"Funny Games" é um filme que estreou hoje no nosso país e cujo elenco conta com Naomi Watts, Tim Roth e Michael Pitt. Resulta de um remake de um filme austríaco realizado em 1997 pelo mesmo senhor, Michael Haneke. Aparentemente, tem tudo para ser um sucesso: um casal que vai passar férias com o filho, perturbado na sua paz por dois jovens aparentemente afáveis mas que na realidade são sádicos por violência, praticando jogos horríveis e que lhes dão prazer com as suas vítimas. Mas há um senão. O argumento é uma grande cópia, na minha opinião, de "A Clockwork Orange" (Laranja Mecãnica), de Stanley Kubrick - 1971. Obviamente não todo, só que o aspecto em que centra a história, é o mesmo: violência humana praticada por prazer ou o gosto em praticar o mal. Nunca vi nenhuma das versões do filme, só que o trailer da de 2008 ultrapassa todos o limites, chega inclusivamente a plagiar dois aspectos da obra-prima do amigo Stanley: música clássica conjugada com imagens violência, intercaladas por adjectivos que caracterizam o filme. Haneneke teve cuidado de não repetir nenhuma das palavras da sua fonte inspiradora (excepto "wicked"), mas mesmo assim...Até as roupas dos rapazes são brancas e os penteados á tigela. Não há palavras realmente...acho que o realizador poderia não ter incluído a obra de forma tão óbvia no filme.
Notem as parecenças:
Funny Games
A Clockwork Orange
Notem as parecenças:
Funny Games
A Clockwork Orange
Ladrões de túmulos
"Ian Curtis 18-5-80 Love Will Tear Us Apart". É esta a inscrição presente na pedra tumular do vocalista dos Joy Division, que se suicidou aos 23 anos - o primeiro e último nome, a data da morte e o nome do tema mais conhecido dos Joy Division -. O herói de milhares de fãs ao longo de todos estes anos não descansa nem após a sua morte. Entre terça-feira à tarde e quarta-feira de manhã, esta pedra foi roubada do cemitério de Macclesfield, onde as cinzas do músico estão enterradas. Não há detalhes nem pistas sobre o furto dado que o local não possuía câmaras de vigilãncia.
Os fãs dos Joy Division, assim como do próprio Curtis, não poderão mais depositar isqueiros e tabaco (a imagem de marca do vocalista), nem tão pouco flores junto à pedra, já que esta já não se encontra presente como suporte...
Mr. November - presidência dos E.U.A. em música
A música Mr. November, que faz parte do álbum Alligator (2005) dos The National, foi composta em 2004 e tem um significado bem político associado. Decorriam as eleições de 2004, como todos sabem, em Novembro. A banda fez a música não só a pensar no lançamento do álbum, mas principalmente no stress pré-eleições e em concreto na situação de John Kerry, que foi derrotado por Bush. As alusões a fatos, a nervosismo, ao facto de um passado glorioso e cheio de popularidade são alusões indirectas feitas por Matt Berninger para que a canção tivesse duplo sentido, raspando a veia da personalidade característica destes candidatos.
A notícia é que a banda apoia Barack Obama nestas eleições de 2008 com uma venda de t-shirts alusivas a esta música, que servirão para financiar a campanha do candidato à Casa Branca. Estarão à venda a partir de amanhã.
Para relembrar o vídeo anteriormente publicado neste blog da música tocada na Aula Magna em Maio, clicar aqui
quarta-feira, 2 de julho de 2008
A crítica destrutiva
É fácil quando um álbum de uma grande banda sai a crítica ser consensual quanto a deitá-lo a baixo. Ultimamente isso tem-se verificado, mas saliento dois casos, que todos já devem imaginar quais são...Coldplay e Sigur Rós. É verdade, lançando ambos o novo álbum este mês e sendo o estilo um pouco afastado ao que nos habituaram, ninguém hesitou em atacar. No caso dos Coldplay chegaram mesmo a acusá-los de plágio duas vezes, primeiro em relação à banda de Nova Iorque Creaky Boards e depois a Joe Satriani. Obviamente toda gente é livre de usar os mesmos tons e tratando-se de uma aventura com o sr. Brian Eno, as influências e a composição podem ser mais que muitas. Como o nome deste senhor aparece estampado no registo, ninguém hesita em tirar autonomia aos Ladies. O "it" dos Coldplay está lá, com mais ou menos orientação do produtor, está lá, tem notoriamente o seu toque, mesmo com camadas de novidades. Será que custa assim tanto ver a presença da essência. Dou 4 ou até 5 estrelas. A melhor introdução da banda até à data (a par de "Politik"), "Life in Technicolor", mostra a exploração do ambiente etéreo conseguida em X&Y, desembocando em "Cemeteries of London", música que prova a estadia destes ingleses na América do Sul. As faixas que dão o nome ao álbum "Viva La Vida" e "Death and All His Friends" são excelentes, verificando-se a clara antítese que pretendiam, quer a nível lírico, quer instrumental. As duas faixas com hidden tracks são algo de estrondoso e o destaque vai obviamente para "Lovers in Japan". Que seja exaltada a nova veia música-mundo dos Coldplay!
Quanto aos rapazes da Islândia, acho muito difícil nos presentearem com algo melhor que með suð í eyrum við spilum endalaust. Em primeiro lugar porque conseguiram fazer duas coisas que aqueles que exercem crítica musical em jornais e blogues pouco se aperceberam: conseguiram tanto afastar-se do estilo com que nos habituaram desde Agaetis Byrjun (como a presença atmosférica incluída pelo passar do arco de violoncelo na guitarra electroacústica de Jónsi), como manter a sua linha musical simultaneamente, deixando uma marca verdadeiramente sua, presente no excelente exemplo de rock progressivo que o CD nos apresenta. A sincronia entre o baixo e a bateria nunca foi tão excelente, a voz está suprema como sempre e o que dá o toque no álbum com certeza é o piano e os efeitos de teclado. Metade do disco assegura a sua presença constante. Em álbum nenhum isto aconteceu de forma tão evidente. E depois...o acústico. A guitarra acústica, o piano e a voz cristalina em sintonia, música clássica com sentimento rock, o tradicional islandês. Bem, com tanta coisa, TÃO VARIADA, como alguém tem coragem de não dar no mínimo 4 estrelas ao registo? Eu darei 5 de certo, não tem nenhum erro para mim. É uma aventura pela novidade, que saiu óptima, leva os sentimentos ao extremo, a emoção ao apogeu, como desde o seu início os Sigur Rós o permitiram. Estão cada vez mais maduros e senhores de si, nunca deixando a humildade que tanto os caracteriza. með suð í eyrum við spilum endalaust traz-nos ainda continuidade dos momentos mais melancólicos e bonitos de Takk..., explorados no final deste álbum de 2005.
Como não podia deixar de ser, os srs.-aponta-o-dedo só comentam o single, Gobbledigook. É sem dúvida a grande novidade e esmagadora, mas não custaria debruçar-se também sobe Festival, a melhor, mais progressiva e emocionante faixa de með suð í eyrum við spilum endalaust, assim como inní mér syngur vitleysingur, "ára bátur" (que nos deixa atordoados pelo seu piano e coro, conjunto completo por música clássica) e a dupla "Fljótavík" e "Straumnes", um das mais bem conseguidas faixas contínuas nos dias que correm. Toda a gente estava à espera de criticar "All Alright", a primeira música em inglês da banda, mas não podem. Felizmente, acredito na unanimidade em relação a este caso, a linda conclusão, melódica, apaixonante, ambígua e triste, não deixa ninguém indiferente. Terá sido a primeira a incluir elementos vocais em "esperancês" desde o mega-sucesso ( ). A guitarra acústica em "Illgresi" fica na memória, tal como as restantes músicas.
Há algo que ninguém se deu ainda ao trabalho de interpretar, por algum motivo os Sigur Rós não incluíram a etérea magia do arco de violoncelo na guitarra eléctrica desta vez...mas não clarificaram eles a ideia com o título do álbum (tocamos para sempre com um zumbido nos ouvidos/em>)? Até já imagino se o registo marcasse a presença deste suplemento...a crítica diria que não teriam sido inovadores e que não evoluíam. Nunca está satisfeita.
Acho que em ambos os casos não atentaram numa coisa essencial. Afinal de contas ainda vivemos na era dos CDs, perto da extinção mas vivemos...o artwork de ambos os álbuns excedeu os limites pensáveis, conseguiram criar uma associação impressionante co mas próprias músicas e o sentimento do álbum e da própria banda. No caso dos Codplay, a oposição Vida/Morte, celebrando a vida, tendo noção da morte e de que o fim o é por si mesmo. Já nos Sigur Rós, a recolha do trabalho de Ryan Mcginley "I Know Where the Summer Goes", aplica-se que nem uma luva ao espírito livre do álbum e à apologia do ser humano enquanto unidade física e espiritual. O próprio CD tem estampado o céu.
Quanto aos rapazes da Islândia, acho muito difícil nos presentearem com algo melhor que með suð í eyrum við spilum endalaust. Em primeiro lugar porque conseguiram fazer duas coisas que aqueles que exercem crítica musical em jornais e blogues pouco se aperceberam: conseguiram tanto afastar-se do estilo com que nos habituaram desde Agaetis Byrjun (como a presença atmosférica incluída pelo passar do arco de violoncelo na guitarra electroacústica de Jónsi), como manter a sua linha musical simultaneamente, deixando uma marca verdadeiramente sua, presente no excelente exemplo de rock progressivo que o CD nos apresenta. A sincronia entre o baixo e a bateria nunca foi tão excelente, a voz está suprema como sempre e o que dá o toque no álbum com certeza é o piano e os efeitos de teclado. Metade do disco assegura a sua presença constante. Em álbum nenhum isto aconteceu de forma tão evidente. E depois...o acústico. A guitarra acústica, o piano e a voz cristalina em sintonia, música clássica com sentimento rock, o tradicional islandês. Bem, com tanta coisa, TÃO VARIADA, como alguém tem coragem de não dar no mínimo 4 estrelas ao registo? Eu darei 5 de certo, não tem nenhum erro para mim. É uma aventura pela novidade, que saiu óptima, leva os sentimentos ao extremo, a emoção ao apogeu, como desde o seu início os Sigur Rós o permitiram. Estão cada vez mais maduros e senhores de si, nunca deixando a humildade que tanto os caracteriza. með suð í eyrum við spilum endalaust traz-nos ainda continuidade dos momentos mais melancólicos e bonitos de Takk..., explorados no final deste álbum de 2005.
Como não podia deixar de ser, os srs.-aponta-o-dedo só comentam o single, Gobbledigook. É sem dúvida a grande novidade e esmagadora, mas não custaria debruçar-se também sobe Festival, a melhor, mais progressiva e emocionante faixa de með suð í eyrum við spilum endalaust, assim como inní mér syngur vitleysingur, "ára bátur" (que nos deixa atordoados pelo seu piano e coro, conjunto completo por música clássica) e a dupla "Fljótavík" e "Straumnes", um das mais bem conseguidas faixas contínuas nos dias que correm. Toda a gente estava à espera de criticar "All Alright", a primeira música em inglês da banda, mas não podem. Felizmente, acredito na unanimidade em relação a este caso, a linda conclusão, melódica, apaixonante, ambígua e triste, não deixa ninguém indiferente. Terá sido a primeira a incluir elementos vocais em "esperancês" desde o mega-sucesso ( ). A guitarra acústica em "Illgresi" fica na memória, tal como as restantes músicas.
Há algo que ninguém se deu ainda ao trabalho de interpretar, por algum motivo os Sigur Rós não incluíram a etérea magia do arco de violoncelo na guitarra eléctrica desta vez...mas não clarificaram eles a ideia com o título do álbum (tocamos para sempre com um zumbido nos ouvidos/em>)? Até já imagino se o registo marcasse a presença deste suplemento...a crítica diria que não teriam sido inovadores e que não evoluíam. Nunca está satisfeita.
Acho que em ambos os casos não atentaram numa coisa essencial. Afinal de contas ainda vivemos na era dos CDs, perto da extinção mas vivemos...o artwork de ambos os álbuns excedeu os limites pensáveis, conseguiram criar uma associação impressionante co mas próprias músicas e o sentimento do álbum e da própria banda. No caso dos Codplay, a oposição Vida/Morte, celebrando a vida, tendo noção da morte e de que o fim o é por si mesmo. Já nos Sigur Rós, a recolha do trabalho de Ryan Mcginley "I Know Where the Summer Goes", aplica-se que nem uma luva ao espírito livre do álbum e à apologia do ser humano enquanto unidade física e espiritual. O próprio CD tem estampado o céu.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Jesus & Mary Chain: Raridades e B-sides
Os irmãos Reid, encarregues por dar a conhecer às massas a distorção e inspirar o shoegaze, criando um estilo próprio de música que tem vindo a ter cada vez mais seguidores, vai editar a 30 de Setembro pela Rhino uma caixa de 4CDs com raridades, b-sides e versões alternativas que dá pelo nome de The Power Of Negative Thinking.
Juntamente com o registo virá um poster 18x24cm com artwork e a "árvore geneológica" dos Jesus & Mary Chain.
Os mais curiosos podem espreitar o alinhamento dos CDs no site Billboard
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